Atividade
Medido pela evolução do total de prémios, 2013 apresentou uma mudança muito positiva em comparação com 2012, expressa num crescimento de 73%. Ainda assim, o ano em análise não foi menos desafiante do que o anterior, com a persistência de um ambiente externo desfavorável, apesar dos primeiros sinais tímidos de recuperação da economia portuguesa visíveis a partir do quarto trimestre.
Apesar dos desafios externos, a Millenniumbcp Ageas continuou o desenvolvimento e a implementação da sua agenda estratégica Vision 2015, lançada no final de 2011.
Após um desafiante ano de 2012, marcado pela elaboração e implementação da Vision 2015, em 2013 assistiu-se a uma recuperação de volumes à frente do ciclo económico, captando os resultados das medidas tomadas nos anos anteriores e também ao longo do ano em análise.
A Vision 2015 assenta em 3 pilares: proteção do franchise; crescimento no quadro da bancassurance com o Millennium bcp; extensão do alcance de mercado para além das fronteiras fundacionais. A venda ativa de produtos de Não Vida de novas políticas através das sucursais e de outros canais do Banco registou uma evolução positiva de 10,2%. Como resultado do trabalho desenvolvido no reposicionamento da oferta de seguro automóvel, o crescimento anual do volume de prémios foi de 16,6% (vs. uma variação negativa do mercado de 5,5%), impulsionado essencialmente pelas vendas através do Millennium bcp. O crescimento da Millenniumbcp Ageas em Não Vida foi de 4,5%, que compara com uma performance de mercado de -3,2%.
A Millenniumbcp Ageas manteve a liderança no ramo Vida, com uma quota de mercado de cerca de 24%, medida pelo volume de Provisões Matemáticas. Os prémios totais de Vida cresceram 94,8% em relação a 2012, impulsionados pelo crescimento de 414,6 milhões de euros nos Unit-linked, num ano em que os produtos de Capitalização, PPR e Vida Risco também cresceram acima do mercado, estes últimos impulsionados pelo aumento no volume de produtos ligados ao crédito. Note-se que este crescimento foi obtido através de um mix de diferentes produtos e canais, com a oferta de Produtos de Investimento a afastar-se gradualmente do tradicional quadro de rendimento garantido, e com a oferta Unit-linked a aumentar a contribuição dos produtos de gestão discricionária.
O objetivo de operar com elevada rentabilidade técnica e baixos custos operacionais também foi alcançado em linha com as ambições definidas para 2013: a Millenniumbcp Ageas reduziu o rácio combinado de Não Vida, que era já um dos melhores no mercado europeu, em 0,4 pp, atingindo 86,2%, apesar do impacto do furacão de janeiro e do ambiente competitivo adverso, tendo ainda conseguido aumentar o volume de prémios e a quota de mercado; a margem técnica em Vida, numa base comparável, excluindo itens não recorrentes, cresceu 3,8%; os custos operacionais numa base consolidada diminuíram 3%. Importantes progressos realizados, com uma revisão completa da presença da Millenniumbcp Ageas na internet (incluindo em dispositivos móveis), com a extensão, no número, variedade e volume, das parcerias da Médis com outras seguradoras, com a consolidação do canal Agentes & Corretores no que diz respeito às soluções tailor-made da Médis oferecidas ao segmento empresarial, e com a conclusão dos trabalhos de preparação para a implementação da extensão do alcance do negócio Vida e Não Vida para outros canais a partir de 2014.
Os canais não-bancassurance representam já 17% do volume bruto total de prémios emitidos no ramo Não Vida. Os resultados do trabalho contínuo de enfoque no Cliente enquanto centro absoluto da atividade resultaram no aumento da taxa de penetração de reinvestimento nos produtos da Millenniumbcp Ageas, bem como na redução de taxas de anulação e na manutenção de elevados níveis de satisfação. Como corolário, a Millenniumbcp Ageas recebeu 6 prémios em 2013, tornando este o melhor ano de sempre.
A Millenniumbcp Ageas continuou com o programa de otimização organizacional e com os processos de renovação do quadro de Colaboradores. A renovação dos quadros atingiu 20% em 3 anos, com reformas antecipadas socialmente responsáveis, trazendo para a organização novos talentos e gerando novos postos de trabalho num contexto de elevado desemprego, mas mantendo os custos controlados com uma tendência decrescente. 2013 resultou nos melhores níveis de satisfação e motivação de sempre dos Colaboradores, tendo-se registado melhorias significativas na produtividade e na qualidade do trabalho.
Como resultado do desenvolvimento da agenda Vision 2015, as metas estratégicas para 2013 foram cumpridas com sucesso em linha com as expectativas dos acionistas, originando:
- Resultado líquido de 102,9 milhões de euros; Rácio de solvência consolidado de 316,7%, que compara com 273,5% em 2012;
- ROE de 8,1%;
- O volume de novos negócios em Não Vida ultrapassou, pela primeira vez, os registos pré-crise;
- A transição suave para o regime Solvência II continua conforme planeado.
Em 2013, ano em que o mercado continuou a evidenciar uma tendência decrescente, registando uma quebra de 3.2% no volume de prémios, a Ocidental Seguros cresceu 4.7%, que se traduziu numa quota de mercado de 5.9% - um aumento de 0.4% face ao ano anterior. A Ocidental Seguros continua a crescer, em contraciclo com o mercado, demonstrando alinhamento com o objetivo estratégico de crescimento em Não Vida.
De acordo com a estratégia definida para os canais digitais, o website da Ocidental Seguros foi atualizado e reformulado com vista à melhoria da eficácia de comunicação e experiência de utilização dos clientes.
Foram desenvolvidas novas funcionalidades com vista à melhoria do servicing, que continuará a ser uma área de aposta em 2014. Para responder à prioridade estratégica de aposta na Venda Ativa, no âmbito de uma iniciativa de dinamização em Bancassurance, a Ocidental Seguros implementou um novo programa de transformação comercial em 2013.
O objetivo foi introduzir novos processos de planeamento na atividade dos consultores de seguros, assim com a disseminação de boas práticas nas estruturas comerciais do Banco. Ter um conhecimento dos Clientes verdadeiramente de excelência foi o principal objetivo de um grande estudo de mercado iniciado em 2013, que será utilizado de diferentes formas no processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços. Conhecer e compreender o Cliente é o primeiro passo para construir propostas de valor relevantes, para responder às suas necessidades não satisfeitas e, desta forma, capturar potencial de mercado.
Os prémios brutos emitidos atingiram em 2013 um volume de 228.668 milhares de euros, valor que compara favoravelmente com os 218.381 milhares de euros do exercício anterior. Daqui resulta um crescimento absoluto de 4,7% para o período, quando o mercado apresentou um decréscimo de 3,2%. Com exceção do ramo de Acidentes Pessoais, fortemente penalizado pela situação económica adversa, a Ocidental Seguros apresentou, em 2013, um crescimento acima do mercado nacional em todas as restantes linhas de negócio. Destacamos pela positiva, o crescimento no volume de prémios dos ramos Saúde, Incêndio e Outros Danos e Automóvel, fruto de uma forte dinamização de todas as redes comerciais.
No ramo Saúde, a Ocidental atingiu no final de 2013 um volume de prémios de 133 milhões de euros, o que representa um aumento de 5,8% face ao ano anterior, acima dos 3,5% verificados no mercado. Esta evolução positiva é resultante de uma oferta inovadora e diferenciada e de uma abordagem distinta entre os diferentes segmentos, com maior destaque para o das pequenas e médias empresas. No ramo de incêndio e Outros Danos, com uma receita obtida de 45 milhões de euros, e um crescimento de 1% (o mercado apresentou um decréscimo de 0,8%), fortemente impulsionado, pelo terceiro ano consecutivo, pelo produto de multirriscos dirigido ao segmento de particulares, a Ocidental Seguros reforçou a sua quota de mercado de 8,4% para 8,6% em 2013.
No ramo de Automóvel, e contrariamente ao comportamento do mercado, que apresentou uma quebra na receita na ordem dos 5,5%, a performance da Ocidental Seguros destacou-se com um forte crescimento, 16,6% em 2013, atingindo no final do ano um volume de prémios na ordem dos 26,4 milhões de euros. De salientar que o êxito alcançado se deve em grande parte ao sucesso da comercialização do novo produto automóvel, 0 "Móbis", lançado no início do ano de 2012, cujo conceito inovador direcionado para a captura de Clientes no canal bancário, veio estimular e melhorar a performance deste segmento.
A sinistralidade, entendida como o rácio entre os custos com sinistros e os respetivos prémios adquiridos, fixou-se nos 59,8%, valor superior ao verificado em 2012 de 58,5%, decorrente das fortes tempestades ocorridas no início de 2013, mas valor muito abaixo do mercado (64,6%), refletindo a rigorosa política de subscrição prosseguida em 2013. Pela positiva, destacaríamos os excelentes níveis de sinistralidade nos ramos de Saúde, Acidentes Pessoais e Acidentes de trabalho. No prosseguimento da política de resseguro da companhia, o custo líquido do resseguro, medido pelos prémios de resseguro cedido, deduzidos das respetivas comissões, reduziu 0,5 pontos percentuais face ao do ano de 2012, situando-se nos 57,8% dos prémios brutos emitidos neste exercício.
Os gastos administrativos decresceram 7,3%, registando um montante de 15.232 milhares de euros, o que corresponde a 6,7% dos prémios brutos. Esta redução deve-se em parte a custos não recorrentes relacionados com o programa de reestruturação do pessoal e que tiveram maior impacto em 2012. Também outros custos como os com Publicidade e Consultoria diminuíram em 2013. Em 2013, e sobretudo como resultado da redução dos custos de exploração mas também do acréscimo dos rendimentos técnicos, o resultado técnico cresceu 13,3%, situando-se nos 8.584 milhares de euros, o que corresponde a 3,8% dos prémios brutos emitidos.
O rácio combinado situou-se nos 80,1%, sendo ligeiramente acima dos valores do ano anterior (variação de 0,5 pontos percentuais), mas muito aceitáveis em termos da média do mercado refletindo, deste modo, a gestão criteriosa dos sinistros aliada a uma política de controlo rigoroso dos custos administrativos.
Devido à conjugação da evolução favorável da margem técnica e dos custos de exploração os resultados de 2013 os resultados antes de impostos situaram-se nos 8.419 milhares de euros, 3,7% dos prémios brutos emitidos, o que corresponde a um substancial aumento de 24,2% face ao resultado de 2012.
O resultado líquido após impostos cifrou-se em 5.639 milhares de euros. O ativo líquido da Ocidental Seguros cifrou-se em 223.403 milhares de euros e o capital próprio em 42.947 milhares de euros, um decréscimo de 15,8% face ao exercício anterior, totalmente explicado pela distribuição de 14 milhões de euros de resultados efetuada no final do 1º trimestre de 2013. A cobertura do ativo pelos capitais próprios cifrou-se em 19,2%. O rácio de solvência situou-se em 227%.
Em 2013, a Ocidental Vida manteve a sua liderança em provisões matemáticas, atingindo uma quota de mercado de 24.1%, muito embora tenha evidenciado uma quebra de 2 p.p. neste indicador.
Considerando o volume total de prémios de Vida, o mercado registou um crescimento de 33.5% em 2013. No mesmo período, a Ocidental Vida quase duplicou o seu volume de prémios, registando um crescimento de 94.8% face ao ano anterior.
Todas as linhas de negócios contribuíram positivamente para este resultado, com destaque para os produtos de capitalização e Unit Linked que apresentaram uma performance claramente acima do mercado.
Em termos de quota de mercado, verificamos um acréscimo de 11% para 16.1%, mantendo o terceiro lugar no ranking do mercado nacional. Ao longo do ano de 2013, no âmbito da iniciativa "Nova Oferta Vida", foi lançado um novo produto de Vida Risco (Proteção Ativa).
O produto, especificamente constituído para venda ativa, é uma solução inovadora apoiada igualmente num novo processo de subscrição.
Foram ainda desenhadas novas soluções para Reforma, Capitalização e Poupança, que serão lançadas em 2014. Os novos produtos foram definidos para diferentes segmentos de mercado e têm um grande enfoque na inovação através de novas coberturas de valor acrescentado. A retenção de clientes é igualmente uma prioridade estratégica. Diferentes atividades foram desenvolvidas com vista à redução das taxas de anulação desde 2012. Em 2013, as taxas de anulação em todos os produtos do Ramo Vida evidenciaram valores abaixo do orçamento, demonstrando uma tendência consistentemente decrescente.
A formação e a comunicação em torno do tema da Retenção foram reforçadas em 2013, em particular no âmbito do programa de transformação comercial implementado. Ter um conhecimento dos Clientes verdadeiramente de excelência foi o principal objetivo de um grande estudo de mercado iniciado em 2013, que será utilizado de diferentes formas no processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Conhecer e compreender o Cliente é o primeiro passo para construir propostas de valor relevantes, para responder às suas necessidades não satisfeitas e, desta forma, capturar potencial de mercado. O resultado técnico do ramo Vida após custos imputados situou-se em 2013 nos 112.447 milhares de euros, tendo sido penalizado pelo impacto negativo de fatores não recorrentes relacionados com a evolução desfavorável dos mercados financeiros que levaram ao registo de imparidades na ordem dos 17.308 mil euros. Excluindo este efeito não recorrente, o resultado técnico teria atingido este ano 129.755 milhares de euros, o que representaria um acréscimo de 8% face ao período homólogo de 2012 (120.168 milhares de euros, excluindo 77 mil euros de imparidades).
Todos os segmentos apresentaram margens técnicas, após custos imputados, positivas em 2013, mas o maior contributo para o resultado da companhia continua a ser proporcionado pelos produtos de Risco (não obstante tenham registado um decréscimo 7,4% face a 2012 explicado em grande parte pelo aumento da sinistralidade) e cuja rentabilidade se baseia em políticas e práticas de subscrição rigorosas e uma política de controlo de custos. É ainda de destacar o comportamento muito positivo dos produtos de Unit-Linked que, não obstante a conjuntura económica desfavorável, registou um aumento de 19,5% face a 2012, tendo apresentado um contributo de 32.131 milhares de euros para o resultado.
A obtenção de um rácio de despesas baixo, na ordem dos 0,83% (embora 0,08 pontos percentuais acima do verificado em 2012, explicado por um decréscimo das provisões matemáticas) aliado a um crescimento do resultado técnico, se se excluir o impacto extraordinário da função financeira, revela uma gestão criteriosa e adequada que permitiu minimizar os efeitos adversos da conjuntura macroeconómica. Os gastos administrativos, por seu lado, atingiram os 19.190 milhares de euros, evidenciando um aumento de 9,2% face ao período homólogo, justificado essencialmente pelo acréscimo de comissões de serviços financeiros de produtos de Unit-Linked.
A evolução favorável da margem financeira (se se excluir o impacto negativo das imparidades), apoiada por uma política prudente a nível da gestão de investimentos, a excelente performance técnica do negócio, a oferta diversificada e inovadora de soluções para os clientes e o controlo rigoroso ao nível dos custos operativos justificam um resultado antes de impostos em 2013 de 124.038 milhares de euros (cerca de 13% do total dos resultados do mercado segurador). Excluindo as perdas de imparidade registadas este ano, o resultado antes de impostos atingiria 142 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de 3% face ao resultado do período homólogo. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 86.103 milhares de euros. Ao nível da situação patrimonial é de referir que o ativo líquido atingiu os 10.854.422 milhares de euros, o que resulta num decréscimo de 2,9% em relação ao ano anterior, devido ao decréscimo das provisões matemáticas.
A situação líquida da Ocidental Vida situou-se nos 599.424 milhares de euros, ou seja um decréscimo de 9,9% em relação ao ano anterior; apesar do resultado positivo e da variação positiva verificada nas reservas de reavaliação, o decréscimo da situação líquida é totalmente explicado pela distribuição de 211 milhões de euros de resultados, dos quais 65 milhões relativos ao ano de 2012 distribuídos no final do 1º trimestre de 2013 e os restantes 146 milhões relativos ao ano de 2013 distribuídos antecipadamente em Dezembro de 2013.
A cobertura do ativo pelos capitais próprios cifrou-se em 5,5%. Não obstante a distribuição dos resultados efetuada durante o ano de 2013, atrás referida, o rácio de solvência situou-se no final de 2013 em 238%.
Em 2013, a Médis continuou a crescer em volume de prémios, com uma taxa de 5.5% contra 3.5% no mercado. Médis, a marca mais forte em Seguros de Saúde em Portugal, atingiu uma quota de mercado de 25.5%. Médis é "Marca de Confiança", "Superbrand" e "Marca Que Marca" há vários anos.
Em 2013, a Médis conquistou dois prémios adicionais – Marca Mais Reputada em Seguros (Marktest Reputation Index) e Escolha do Consumidor em Sistemas de Saúde. Esta última distinção foi particularmente significativa, uma vez que "Preço" e "Notoriedade de Marca" foram excluídos enquanto atributos na metodologia do estudo.
A estratégia de comunicação da Médis tem vindo a assentar cada vez menos nos tradicionais meios above-the-line. Este tipo de investimento continuará a decrescer em 2013. Inversamente, meios below-the-line, ativação de marca, patrocínios e meios digitais têm vindo a captar investimentos cada vez maiores.
Mantendo-se fiél à sua assinatura "Faz Bem à Saúde", a Médis continuou a apoiar atividades relacionadas com estilos de vida saudáveis e bem-estar – como o patrocínio ao Maratona Clube de Portugal (quatro corridas e uma prova de bicicletas em 2013), APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil e a Médis Summer Tour, um roadshow que durante 35 dias passou por 50 praias portuguesas. Em 2013, a Médis lançou uma nova campanha de comunicação.
"Estar Bem é Estar Médis" foi o headline selecionado que ilustra o posicionamento da marca e o seu compromisso com estilos de vida saudáveis. Apesar de esta ter sido ainda predominantemente uma campanha multimeios, incluiu uma componente mais significativa do investimento em meios digitais, em particular a partir do momento que a Médis lançou o novo processo de subscrição online. De acordo com a estratégia definida para os canais digitais, o site Médis foi renovado em 2013, tendo sido lançada uma nova versão para smartphones e tablets. Médis Kids foi relançado no Facebook, como primeiro passo no desenvolvimento de uma presença da marca nas redes sociais. Representa também um compromisso claro – construir um futuro mais saudável.
A página Médis Kids conquistou 10.000 fãs nos 3 primeiros meses, um resultado animador e claramente bem-sucedido. O Digital continuará a crescer e a desempenhar um papel cada vez mais significativo na estratégia multicanal e de comunicação da Companhia. Os acordos de distribuição da Médis continuaram a ser desenvolvidos em 2013. As vendas em volume de prémios cresceram 4.3%. Em 2013, o início da comercialização para o segmento de individuais na AXA foi a principal novidade no conjunto das parcerias Médis. A retenção de clientes é igualmente uma prioridade estratégica. Diferentes atividades foram desenvolvidas com vista à redução das taxas de anulação desde 2012, incluindo ações na dimensão reativa e proactiva da retenção. Em 2013, a taxa de anulação na Médis ficou abaixo do orçamento, demonstrando uma tendência consistentemente decrescente.
A formação e a comunicação em torno do tema da Retenção foram reforçadas em 2013, em particular no âmbito do programa de transformação comercial implementado. Ter um conhecimento dos Clientes verdadeiramente de excelência foi o principal objetivo de um grande estudo de mercado iniciado em 2013, que será utilizado de diferentes formas no processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Conhecer e compreender o Cliente é o primeiro passo para construir propostas de valor relevantes, para responder às suas necessidades não satisfeitas e, desta forma, capturar potencial de mercado. Os prémios brutos emitidos atingiram em 2013 um volume de 145.680 milhares de euros, uma variação positiva de 1,8% comparativamente com o ano anterior, inferior no entanto ao mercado, que cresceu cerca de 3,5% no ramo Doença. O crescimento da carteira core da Médis permitiu manter a segunda posição no ramo.
Por seu lado, os custos líquidos com sinistros, cifraram-se em 104.374 milhares de euros, um acréscimo de 2,1% face ao ano anterior o que, acompanhando o aumento da produção o que permitiu manter inalterada pelo terceiro ano consecutivo a taxa de sinistralidade nos 72,0%, situando-se muito abaixo da taxa do mercado que registou um agravamento em 2013 para os 77,6%.
O resultado técnico totalizou 9.930 milhares de euros, um aumento de 420 milhares de euros face ao exercício anterior e um rácio de 6,8% sobre os prémios brutos emitidos.
Vários fatores contribuíram para o aumento do resultado técnico, nomeadamente o aumento dos prémios adquiridos que mais que compensou o aumento do custo com sinistros, bem como o acréscimo de 12,7% verificado este ano com o retorno dos investimentos de reservas técnicas. Os gastos administrativos situaram-se nos 7.514 milhares de euros.
Tal representa um ligeiríssimo acréscimo de 0,7% face a 2012. Resultante do aumento do resultado técnico e da quase manutenção do montante dos custos administrativos, o resultado antes de impostos da Médis cresceu 10,6% face ao exercício anterior, situando-se nos 10.164 milhares de euros. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 7.026 milhares de euros.
O rácio combinado fixou-se nos 90,9%, o que corresponde a uma melhoria de 0,2 pontos percentuais face a 2012, resultante da melhoria do rácio das despesas. O ativo líquido da Médis cifrou-se em 104.291 milhares de euros e o capital próprio em 52.683 milhares de euros, uma taxa de crescimento positiva de 15,0% face ao exercício anterior, explicada por um lado pelo aumento nos Resultados Líquidos e por outro lado pela evolução positiva ao nível das reservas de reavaliação, devido à recuperação, verificada em 2013, do mercado de capitais.
A cobertura do ativo pelos capitais próprios fixou-se nos 50,5%. O rácio de solvência aumentou para os 210% sendo que durante o ano de 2013 não foi efetuada nenhuma distribuição de dividendos referentes ao ano anterior, reforçando-se assim os capitais próprios da companhia para os desafios futuros.
A Millenniumbcp Ageas opera no mercado de fundos de pensões através da sociedade gestora Pensõesgere, com uma quota de mercado de 29%, valor ligeiramente superior à registada em 2012.
No final de 2013 a Pensõesgere tinha 4.366 milhões de euros de ativos sob gestão, que representavam um acréscimo de 4,2% face a 2012, valor superior ao crescimento do mercado, que se situou em 3,4%.
A posição da Pensõesgere no mercado de Fundos de Pensõesgere continua a ser de liderança destacada com uma quota de mercado de 29,2%, valor ligeiramente superior ao registado em 2012.
No decorrer do exercício em análise, foram reforçadas várias iniciativas para o desenvolvimento das ferramentas informáticas específicas da Pensõesgere com o objetivo de melhorar a produtividade e qualidade do trabalho, bem como para permitir responder às crescentes obrigações de reporte e de informação a fornecer aos Participantes e Beneficiários dos fundos de pensões.
Neste âmbito, encontra-se praticamente concluído o processo de arquivo digital na plataforma FileNET, o qual permite melhorar a eficiência de funcionamento do serviço de arquivo através do desenvolvimento do mais rápido e eficaz acesso à documentação. Numa filosofia integrada de aproveitamento das sinergias do Grupo, a Pensõesgere manteve o relacionamento com as redes bancárias de empresas do Millennium bcp – Corporate e Empresas – através de ações concertadas de promoção de negócios na área de "Employee Benefits".
No ano de 2013, merce particular destaque todo o processo de revisão do Contrato Constitutivo dos Fundos de Pensões do Grupo Portucel / Soporcel, concluindo o processo de alteração dos planos de pensões de benefício definido para contribuição definida que se tinha sido iniciado com o Fundo de Pensões Portucel. No final de 2013, o volume total de ativos geridos pela Pensõesgere, encontrava-se repartido por 26 fundos fechados, 4 fundos Abertos e 5 fundos abertos PPR.
O total dos ativos sob gestão relativos aos 26 fundos fechados totalizou 4.189 milhões de euros, a que correspondeu um acréscimo de 163 milhões de euros face a 2012, valor cerca do dobro do valor das contribuições sendo que os rendimentos gerados justificam a outra metade deste crescimento. Os fundos de pensões abertos continuaram a ser os que denotam maior dinâmica, com um crescimento de 7,9%, tendo o volume de ativos sob gestão atingido 142,0 milhões de euros.
A Pensõesgere mantém a sua oferta de fundos de pensões abertos com perfis de risco diferenciados, permitindo aos Associados e aos seus Participantes a escolha adequada ao financiamento dos seus planos de pensões, em função do respetivo perfil de risco e do horizonte temporal das responsabilidades.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços no valor de 8,4 milhões de euros registaram ligeiro aumento de 1,8% face a 2012. No entanto, os custos operacionais no valor de 3,8 milhões de euros apresentam um decréscimo de 7,3%, em sentido contrário ao da evolução dos proveitos. Os resultados líquidos do exercício crescerem 3,8% face a 2012, situando-se em 3,5 milhões de euros.
Em 31 de dezembro de 2013, os capitais próprios totalizavam 11,0 milhões de euros, denotando uma redução de 52,7% face a 2012.
Esta considerável redução nos capitais próprios ficou a dever-se ao fato de, em março de 2013, se ter verificado o pagamento de dividendos à holding no valor de 15,5 milhões, correspondentes a: 3,4 milhões de euros, de resultados de 2012, e 12,1 milhões de euros, de resultados transitados.
Assim, em consequência da redução dos capitais próprios a rendibilidade média dos capitais próprios da Pensõesgere aumentou para 20,6% e a Margem de Solvência reduziu-se para 218% o que contínua a ser um valor muito confortável.
2012 voltou a revelar-se um ano particularmente exigente, na medida em que se agravou, sobretudo na vertente económica, a conjuntura desfavorável que afetou o exercício anterior.
Após a revisão estratégica efetuada no final de 2011 como resposta a uma mudança na realidade envolvente, com profundos impactos numa operação como a Millenniumbcp Ageas, o exercício de 2012 foi o primeiro de desenvolvimento e execução da nova estratégia de crescimento, centrada em bancassurance, como é matriz identitária da organização, mas canalizando esforços e energia para Não Vida nos segmentos de individuais e de PME, sem descurar o negócio Vida, a principal fonte de proveitos da organização.
O exercício em análise demonstrou que os riscos identificados na revisão estratégica do ano anterior se materializaram, mas demonstrou igualmente que a via escolhida foi a acertada, cujos resultados mais visíveis foram o crescimento do negócio de Não Vida acima do mercado, o reforço da liderança em Vida medido pelo volume de Provisões Matemáticas, o bom desempenho operacional, o reforço dos níveis de solvência, e um resultado líquido de 111 milhões de Euros, 204,4% acima do registado no exercício de 2011.
De entre os vários acontecimentos que marcaram a atividade de 2012, destacam-se os seguintes:
O lançamento do novo conceito de seguro automóvel materializado na solução Móbis foi o primeiro passo do reenfoque estratégico na comercialização de produtos Não Vida no canal bancassurance. O Móbis foi o corolário de um importante investimento em Investigação & Desenvolvimento de uma nova oferta de produtos para a bancassurance moderna, e incorporou um importante conjunto de inovações ao nível de estrutura de produto, de processo de subscrição, de política de preço e de comunicação, tendo sido responsável por um crescimento de 45% nas vendas de seguro automóvel nos diversos canais de distribuição do Millennium bcp;
A nova abordagem ao segmento de PME iniciada em 2011, através do canal bancassurance Negócios, obteve já resultados bastante visíveis em 2012, tendo mais que duplicado o volume de vendas em Não Vida, para cerca de 3 milhões de euros. Esta é uma aposta estratégica, num segmento em que as perspetivas de crescimento se mostram bastante atrativas, dado o potencial de penetração na base de Clientes do Millennium bcp ainda por capturar;
No canal de distribuição de Não Vida Ocidental – Agentes & Corretores lançado no início de 2008, suportado por uma rede de mediadores profissionais, conseguiu-se captar, não obstante o difícil contexto económico, aproximadamente 4 milhões de euros de negócio novo, um crescimento de 98% face ao exercício homólogo;
Na Médis, numa conjuntura de mercado cada vez mais desafiante, observou-se ainda assim um crescimento de 1,2% no volume de prémios face ao exercício anterior. As parcerias entre a Médis e outras Seguradoras resultaram num volume de prémios de 13,3 milhões de euros, um crescimento de 13% face a 2011;
Tão importante como o crescimento do negócio foi o enfoque estratégico na manutenção da carteira existente, tendo por isso sido dada uma importância redobrada à retenção, com o desenvolvimento de diversas ações e planos de fidelização de Clientes. Nos seguros de Vida Capitalização, por exemplo, conseguiu-se uma diminuição nas taxas de resgate face a 2011, mais expressiva nos PPR, o que permitiu atenuar a forte quebra de novas entregas, verificada em todo o Mercado;
No negócio de gestão de Fundos de Pensões, a Pensõesgere manteve a liderança destacada, com uma quota de mercado de 29,1%, tendo o valor global ultrapassado os 4,2 mil milhões de euros de ativos sob gestão, que traduziu um crescimento de 8,4%, em linha com o mercado. Salienta-se ainda que, apesar da transferência de 43,0% dos ativos (2,8 mil milhões de euros) para a Segurança Social, os resultados líquidos do exercício desceram apenas 24,8% face a 2011, situando-se em 3,4 milhões de euros;
O índice de satisfação da rede de distribuição do Millennium bcp voltou a subir relativamente aos exercícios anteriores, o que reflete o esforço feito pela organização como um todo para consolidar a cultura de serviço orientada para o Cliente; Em 2012 foram implementadas duas novas ações para avaliar a satisfação dos Clientes. A primeira mediu a eficácia e a cortesia dos Centros de Contactos da Ocidental e da Médis. Foi escolhida uma escala padrão internacional que permite fazer comparações com outras empresas e indústrias, nacionais e internacionais. Os resultados obtidos em 2012 foram excelentes: eficácia do serviço entre 54% e 55%, e 70% em qualidade de comunicação. A segunda foi um inquérito à satisfação dos Clientes com a gestão de sinistros Não Vida, avaliando as várias etapas do processo, começando na participação, passando pela eficiência e a eficácia do call center, pelo processo de peritagem e pelo tratamento geral do sinistro. Os resultados foram igualmente bastante bons;
Ao nível da gestão do Ramo Vida, o ano de 2012 ficou marcado por diversos projetos estratégicos com vista à melhoria de processos operativos, ao aumento da qualidade do serviço prestado aos Clientes, ao aumento da produtividade e à redução de custos. De destacar a entrada em funcionamento do novo sistema informático para os produtos de capitalização, a implementação de um novo modelo de gestão de sinistros de vida risco, parcialmente em outsourcing, assente num sistema de workflow totalmente inovador, e a implementação de um sistema de gestão de pedidos dos Clientes, potenciador de um maior controlo do risco operacional;
Em 2012 foram criados na plataforma Não Vida os alicerces necessários ao desenvolvimento de uma estratégia de crescimento sustentada, apoiada num modelo de negócio sólido e robusto, capaz de ultrapassar a exigente conjuntura económica e de reforçar, no decorrer dos próximos anos, a posição competitiva da Millenniumbcp Ageas no mercado segurador português. Foram efetuadas análises de carteira de forma recorrente, definidas novas políticas de preço com recurso às mais modernas tecnologias, foram dinamizadas medidas de saneamento de carteira, e melhorados os níveis de serviço. Paralelamente foram ainda automatizados processos com vista à melhoria continua e sustentada dos níveis de eficiência e eficácia do serviço; Na gestão dos sinistros, foram implementadas políticas de combate à fraude, designadamente com a criação de uma funcionalidade de deteção de irregularidades no sistema de gestão dos sinistros e, pela primeira vez, a aplicação do processo de closed file review nos sinistros de danos materiais do ramo automóvel;
A otimização e consolidação de vários processos permitiram também à Médis ganhos de eficiência e libertação de recursos para investimento noutras áreas como o controlo dos custos e melhoria dos níveis de serviço, sem prejuízo da qualidade do serviço prestado, manifestamente reconhecida pelos Clientes. Foi possível mais uma vez manter o nível de prémios nos produtos Médis standard para Clientes individuais. Tal deveu-se ao trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos anos no controlo da utilização e dos custos, paralelamente à intervenção no desenho do produto. A taxa de sinistralidade inferior a 70% é reveladora do sucesso das medidas desenvolvidas. A gestão das parcerias existentes com os Prestadores da Rede Médis, que em muitos casos já datam de há longos anos, assenta na prestação de um serviço de superior qualidade e na permanente monitorização da eficiência dos cuidados administrados, tendo em conta que os recursos de financiamento são necessariamente limitados. Destacou-se no exercício de 2012 a conclusão da renovação tecnológica da plataforma informática que suporta a relação da Médis com os seus Prestadores de cuidados de saúde através do sítio da Médis na internet. Em permanente colaboração com os Prestadores foram identificadas áreas de melhoria nas quais foi possível obter importantes reduções de custos, por forma a garantir maior sustentabilidade e equidade na gestão do sistema integrado de prestação de cuidados de saúde Médis. No que respeita à gestão de carteiras de investimentos, a oferta da componente Vida foi constituída essencialmente pela última geração de produtos lançados após o início da crise financeira, com garantia de capital e taxa de remuneração intermédia adaptativa às condições de mercado. A passagem para uma componente contabilística held to maturity de parte da exposição a dívida pública portuguesa permitiu manter e até, em determinados momentos, aumentar o controlo da volatilidade da conta de resultados e da solvência, mas por outro lado não foi possível beneficiar totalmente da forte compressão dos spreads de risco dos ativos domésticos, quer na vertente de dívida pública, quer na vertente de emissões corporate, que permitiu uma substancial melhoria da reserva de reavaliação, bem como uma performance mark-to-market consolidada da componente Vida acima de dois dígitos no caso dos ativos classificados como disponíveis para venda. A carteira de ativos representativos das reservas matemáticas manteve uma forte alocação em instrumentos de taxa fixa, com reinvestimento em maturidades mais curtas e exposição a bilhetes do tesouro e papel comercial de empresas nacionais, onde foi possível atingir interessantes taxas de remuneração;
Ao nível da gestão de risco e atuariado, destacam-se, relativamente ao exercício de 2012, as seguintes atividades: foi adicionada à estrutura organizacional a função de Risk Officer; foi elaborado o Own Risk and Solvency Assessment (ORSA) para a Millenniumbcp Ageas, enquadrado no âmbito regulamentar do regime de Solvência II, cujo objetivo fundamental reside na avaliação global de risco e de solvência, tendo por base todos os riscos materiais existentes ao nível do negócio, assegurando que os níveis de solvência, num horizonte temporal de três anos, são monitorizados numa base contínua; foi efetuada a revisão e atualização do Business Process Management (BPM), com especial enfoque nos principais processos internos e respetiva documentação, com vista a fortalecer a confiança nos sistemas operacionais da Millenniumbcp Ageas de modo a permitir a deteção atempada de falhas ou deficiências nos processos e atividades das estruturas operacionais; foi elaborado um estudo com vista à revisão da estratégia de alocação de investimentos em vigor, tendo como objetivo definir um quadro de limites em termos de classe de ativos, de região geográfica, de setor ou de rating, tanto de forma agregada como por fundo autónomo; além disso, teve lugar o desenvolvimento e acompanhamento do projeto "Pillar III" com vista à automatização de processos associados ao cálculo de provisões técnicas best estimate, de necessidades de capital (SCR) e de reporte (QRT) no âmbito do regime Solvência II. Ao nível de sistemas de informação, foram desenvolvidos um conjunto de projetos de novas soluções, assim como o aperfeiçoamento e renovação das existentes, prosseguindo um processo contínuo de melhoria da eficiência operativa e aplicacional, dos níveis de serviço, otimização de custos e constante adaptação às estratégias de negócio. Pelo seu impacto na cadeia de valor, merecem especial destaque a renovação da comunicação e documentação destinada a Clientes e Agentes, o processo de otimização das estruturas de dados e arquiteturas de informação de suporte aos requisitos de Solvência II, e a migração da carteira de produtos de Capitalização para o novo sistema de gestão de Vida. De destacar a implementação do novo sistema de produção, que assenta num modelo de gestão operacional mais robusto e que permitirá lançar as bases para a inovação ao nível do desenvolvimento de produtos Vida, e o início da implementação do projeto de Solvência II na sua vertente de IT. Em termos infraestruturais, sublinha-se o contínuo investimento em dotar a Millenniumbcp Ageas para, numa eventualidade de desastre, estar preparada para a continuidade de negócio;
Na vertente de recursos humanos, foram desenvolvidas uma série de ações com vista ao lançamento de iniciativas para mitigar os efeitos negativos da atual conjuntura, de forma a manter os elevados níveis de motivação dos Colaboradores, criando condições para que a Millenniumbcp Ageas continue de uma forma proactiva e eficaz a prosseguir os objetivos traçados no âmbito da nova agenda estratégica. Das iniciativas lançadas em 2012 destacaram-se a reestruturação do Plano Complementar de Reforma, o plano de rejuvenescimento do quadro de pessoal para preparar a empresa para os desafios futuros e, enquadrado nas iniciativas de comemoração do 25.º aniversário da Ocidental, a aprovação do projeto de modernização das instalações, que será implementado até final do 1.º semestre de 2013, cujo objetivo é rentabilizar o espaço de trabalho, tornando-o mais funcional e atrativo. A Millenniumbcp Ageas concluiu o exercício de 2012 com 475 Colaboradores, mais 11 que no final do exercício anterior. A média de idades manteve-se nos 43 anos. Os colaboradores do sexo feminino representam 54%;
Em 2012, mais uma vez, a excelência do serviço e a confiança que os consumidores depositam na marca Médis foram confirmadas pelas distinções recebidas: "Superbrand" pela 7.ª vez consecutiva;
"Marca de Confiança" pela 4.ª vez, com uma importância redobrada, pois obteve o seu resultado mais alto de sempre (60% da votação) e pela 2.ª vez a distinção "Marcas que Marcam". No exercício 2012 a Ocidental Seguros e a Ocidental Vida, empresas fundadoras do que hoje é a Millenniumbcp Ageas, perfizeram 25 anos de atividade. Foram levadas a cabo uma série de iniciativas, coroadas simbolicamente com um evento que contou com a presença de todos os Stakeholders (acionistas, Clientes fundadores, parceiros de negócio, distribuidores, fornecedores e quadros das Companhias). A logomarca Ocidental foi também adaptada ao simbolismo da data. Mais do que a invocação de um passado que é motivo de justificado orgulho, os 25 anos do Grupo Segurador Millenniumbcp Ageas serviram essencialmente para celebrar um futuro que, à luz de uma renovada agenda estratégica, manterá a companhia fiel ao seu ADN corporativo, que se tem traduzido em liderança, inovação e rentabilidade. Apesar da conjuntura, 2012 foi um ano muito positivo: a Millenniumbcp Ageas cresceu acima do mercado em Não Vida, obteve bons resultados técnicos, melhorou o desempenho operacional, conseguiu manter os custos controlados, apresentou uma considerável subida dos resultados, reforçou a solidez do seu balanço e viu a sua principal marca premiada por prestigiadas organizações.
A Millenniumbcp Ageas contou mais uma vez com o empenho do Millennium bcp e com o suporte incondicional da Ageas.
Embora 2012 tenha sido um ano particularmente difícil, dado o contexto económico recessivo que se viveu, a Ocidental Seguros conseguiu ainda assim crescer 0,9% ao nível de volume de prémios, em contraciclo com o mercado que teve um decréscimo de 3,8%, conseguindo atingir um dos objetivos estratégicos a que se propôs - crescer em quota de mercado.
Para este resultado muito contribuiu a forte aposta que foi feita na fidelização e retenção de Clientes, não descurando nunca a vertente da captação. Esta última incidiu maioritariamente numa aposta no crescimento em venda ativa de seguros de risco, num ano em que, como era previsível, se manteve um decréscimo bastante acentuado no volume de crédito concedido, tanto a particulares como a empresas, afetando os resultados da venda de seguros associada ao crédito.
No caso da bancassurance, principal canal de distribuição da Companhia, o enfoque foi no sentido de apostar no crescimento de linhas de negócio onde a taxa de penetração de seguros na base de Clientes do Banco é ainda mais reduzida.
O volume de prémios brutos emitidos ascendeu em 2012 a 218.381 milhares de euros, valor que compara favoravelmente com os 216.376 milhares de euros do exercício anterior.
Com exceção do ramo Saúde, onde nos anos anteriores cimentou uma posição de liderança, a Ocidental Seguros apresentou, em 2012, um crescimento acima do mercado nacional em todas as restantes linhas de negócio.
Destacamos pela positiva, o crescimento no volume de prémios dos ramos Incêndio e Outros Danos, Acidentes de Trabalho e Acidentes Pessoais, fruto de uma forte dinamização de todas as redes comerciais. Nestes ramos, a Ocidental Seguros aumentou a sua quota de mercado, sendo de realçar que no ramo de Acidentes Pessoais reforçou a 2ª posição no ranking das Seguradoras Nacionais, com uma quota de 9,2% (8,1% em 2011). No ramo de Automóvel, e contrariamente ao comportamento do mercado, que apresentou uma quebra na receita superior aos 5%, a Ocidental Seguros manteve em 2012 estável o volume de prémios na ordem dos 21,5 milhões de euros.
De salientar o lançamento com sucesso do novo produto automóvel, o Móbis, cujo conceito inovador direcionado para a captura de Clientes no canal bancário, veio estimular e melhorar a performance deste segmento, particularmente no último trimestre de 2012, e que se espera tenha continuidade durante o ano de 2013.
A sinistralidade, entendida como o rácio entre os custos com sinistros e os respetivos prémios adquiridos, fixou-se nos 58,5%, valor inferior ao verificado em 2011 de 61,6%, e bastante abaixo do mercado, refletindo a rigorosa política de subscrição prosseguida em 2012. Pela positiva, destacaríamos os excelentes níveis de sinistralidade nos ramos de Automóvel, Acidentes Pessoais e Incêndio.
No prosseguimento da política de resseguro da companhia, o custo líquido do resseguro, medido pelos prémios de resseguro cedido, deduzidos das respetivas comissões, manteve-se idêntico ao do ano de 2011, nos 58,3% dos prémios brutos emitidos neste exercício.
Em 2012, e sobretudo como resultado da melhoria da taxa de sinistralidade, o resultado técnico cresceu 1,4%, situando-se nos 7.635 milhares de euros, o que corresponde a 3,5% dos prémios brutos emitidos. Os gastos administrativos cresceram 5,4%, registando um montante de 16.435 milhares de euros, o que corresponde a 7,5% dos prémios brutos. Este aumento deve-se a custos não recorrentes relacionados com o programa de reestruturação do pessoal.
O rácio combinado situou-se nos 79,6%, correspondente a uma melhoria de 2,3 pontos percentuais face ao ano de 2011, refletindo, deste modo, a gestão criteriosa dos sinistros aliada a uma política de controlo rigoroso dos custos administrativos. Não obstante a evolução favorável da margem técnica, os resultados de 2012 foram negativamente afetados pelo aumento dos custos administrativos bem como por um custo na ordem dos 1.785 milhares de euros, resultante do registo de imparidades relativas ao reforço de provisões de recibos por cobrar, o que originou que os resultados antes de impostos se situassem nos 6.405 milhares de euros, 2,9% dos prémios brutos emitidos. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 4.172 milhares de euros.
O ativo líquido da Ocidental Seguros cifrou-se em 221.539 milhares de euros e o capital próprio em 54.859 milhares de euros, um crescimento de 17,9% face ao exercício anterior, explicado pela variação positiva verificada nas reservas de reavaliação. A cobertura do ativo pelos capitais próprios cifrou-se em 24,8%. O rácio de solvência, considerando a distribuição de dividendos de 14.000 milhares de euros, situou-se em 201%.
Em 2012 a Ocidental Vida registou, com base nas provisões matemáticas, um reforço da sua quota de mercado de 0.7 p.p face ao ano anterior. A companhia permanece assim em 1º lugar no ranking segurador nacional, com uma quota global de 26.1%. Este posicionamento é alcançado num de forte contração económica, o que se veio a refletir negativamente na colocação de produtos financeiros.
A Ocidental Vida foi bastante afetada na sua performance, tendo terminado o ano com um decréscimo de 28,7% face a 2011, sendo que no mercado na sua globalidade, esse decréscimo foi inferior, na ordem dos 8,2%.
A menor performance dos produtos financeiros reflete a necessidade do Banco em focar o seu crescimento em recursos de balanço, de modo a atingir as metas pré-definidas para a redução do rácio de depósitos vs empréstimos. Os prémios dos seguros de Capitalização, PPR's e Unit Linked registaram deste modo uma quebra de 16,3%, 23% e 38,3%, respetivamente.
No que respeita aos produtos de risco, o volume de prémios decresceu 5,9%, em resultado da diminuição da produção associada ao crédito bancário, nomeadamente o crédito à habitação, apesar do aumento dos prémios da venda ativa. O resultado técnico do ramo Vida situou-se em 2012 nos 120.091 milhares de euros, evidenciando um acréscimo muito acentuado relativamente aos 10.191 milhares de euros verificados no período homólogo de 2011.
O acréscimo verificado, explicado ao nível da componente financeira do negócio, é resultante do registo em 2011 de 103.682 milhares de euros em perdas de imparidades, nomeadamente da divida soberana da Grécia e das Ações do Millennium bcp, com reflexos negativos nos resultados do ano; em 2012, devido à alienação de ativos disponíveis para venda feita no ano anterior, apenas se registou um valor residual de perdas de imparidades no montante de 87 milhares de euros.
Todos os segmentos apresentaram margens técnicas, após custos imputados, positivas em 2012, mas o maior contributo para o resultado continua a ser dos produtos de Risco, com um crescimento de 16,5% face a 2011. É ainda de destacar o comportamento dos produtos de Unit Linked que, embora com uma quebra na margem técnica de 19,5% face a 2011, devido à retração do mercado, apresentou um contributo de 26.882 milhares de euros para o resultado.
A obtenção de um rácio de despesas de 0,75% (0,84% em 2011) aliado a um crescimento significativo do resultado técnico revela uma gestão criteriosa e adequada que permitiu minimizar os efeitos adversos da conjuntura macro-económica. Os gastos administrativos, por seu lado, atingiram os 17.572 milhares de euros, evidenciando um aumento de 5,4% face ao período homólogo, devido a custos não recorrentes relativos ao programa de reestruturação do Pessoal.
A evolução favorável da margem financeira, apoiada por uma política prudente a nível da gestão de investimentos, a excelente performance técnica do negócio, a oferta diversificada e inovadora de soluções para os clientes e o controlo rigoroso ao nível dos custos operativos justificam o acréscimo de 482,2% nos resultados antes de impostos, que atingiram em 2012 os 138.350 milhares de euros. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 94.195 milhares de euros.
Ao nível da situação patrimonial é de referir que o activo líquido atingiu os 11.185.597 milhares de euros, o que resulta num acréscimo de 3,1% em relação ao ano anterior. A situação líquida da Ocidental Vida situou-se nos 668.650 milhares de euros, ou seja um crescimento de 141,0% em relação ao ano anterior, explicado pela variação positiva verificada nas reservas de reavaliação.
O rácio de solvência, considerando a distribuição de dividendos de 65.000 milhares de euros, situou-se em 254%.
Não obstante 2012 ter sido um ano de forte contração económica, tanto por parte das famílias como das empresas, ainda assim as vendas de Médis mantiveram-se nos níveis de 2011, tendo inclusivamente a receita processada crescido 1,2%.
Atuando num mercado maduro, mas ainda com um ligeiro crescimento, a estratégia passou mais uma vez por se centrar nas mais-valias da proposta de valor do produto e da marca Médis, referência no mercado em qua atua, sendo geradora só por si de negócio para os vários canais de distribuição em que está presente. Se no Millennium bcp as vendas se mantiveram a níveis semelhantes aos de 2011, nas outras Seguradoras que distribuem o produto Médis o crescimento foi de 13% relativamente ao ano anterior.
2012 ficou marcado como o ano em que foi dado um enfoque especial ao desenvolvimento de novos canais, sendo o marco mais visível desta aposta estratégica a implementação da possibilidade de subscrição online no site do Millennium bcp.
Foram também lançadas ainda no decorrer de 2012 as bases para a renovação total dos meios digitais ao serviço da Médis.
Em termos de comunicação foram efetuadas duas campanhas multimeios transversais aos vários canais de distribuição. Com uma quebra na linha de comunicação efetuada ao longo dos últimos anos, a nova campanha que teve como headline "Qual é o seu Plano? Tenho um Plano tenho Médis", foi fundamental para a consolidação da liderança da marca em termos de notoriedade, mantendo a Médis no top 4 das seguradoras, sendo apenas ultrapassadas pelas seguradoras diretas, cujo investimento que efetuam em publicidade é consideravelmente superior ao efetuado pela Médis.
Para além da manutenção dos níveis de notoriedade a que a Médis nos habituou, a excelência do seu serviço e a confiança que os consumidores nela depositam, foram confirmadas pelas distinções atribuídas: Superbrand pela 7ª vez consecutiva, Marca de Confiança, pela 4ª vez, com uma importância redobrada em 2012, uma vez que para além de ter ganho pelo 2º ano consecutivo, a Médis teve o seu resultado mais alto de sempre, com 60% de votação, mais 46% que o 2º classificado e pela 1ª vez Marca que Marca.
A estratégia de comunicação passou também pela materialização do conceito mais vasto de que a Médis "faz bem à saúde", através de iniciativas que promovem estilos de vida saudável, como a associação ao Maratona Clube de Portugal (que levou a cabo três grandes provas de running durante o ano) ou à APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, tendo inclusivamente algumas destas parcerias tido uma componente de responsabilidade social que envolveu os próprios Colaboradores da Médis.
Os prémios brutos emitidos atingiram em 2012 um volume de 143.134 milhares de euros, uma variação positiva de 1,2% comparativamente com o ano anterior, mas ligeiramente inferior ao mercado, que cresceu cerca de 2,2% no ramo Doença.
O crescimento da carteira core da Médis permitiu manter a segunda posição no ramo. Por seu lado, os custos líquidos com sinistros, cifraram-se em 102.224 milhares de euros, um decréscimo de 0,3% face ao ano anterior o que, não obstante o reforço da provisão para prémios não adquiridos na ordem dos 2 milhões de euros, permitiu manter inalterada a taxa de sinistralidade face ao ano 2011, situando-se em 72,0% o que é muito abaixo do mercado.
O resultado técnico totalizou 9.510 milhares de euros, uma diminuição de 470 milhares de euros face ao exercício anterior e um rácio de 6,6% sobre os prémios brutos emitidos. A principal causa para a diminuição do resultado técnico foi o aumento das provisões para riscos em curso em 1.052 milhares de euros.
Os gastos administrativos situaram-se nos 7.464 milhares de euros. Tal representa um decréscimo de 4,9% face a 2011. Face à redução do resultado técnico e não obstante diminuição dos custos administrativos, o resultado antes de impostos da Médis decresceu ligeiramente 2,8% face ao exercício anterior, situando-se nos 9.180 milhares de euros.
O resultado líquido após impostos cifrou-se em 6.325 milhares de euros. O rácio combinado situou-se nos 91,0%, uma melhoria de 0,2 pontos percentuais face a 2011, como resultado da melhoria do rácio das despesas.
O ativo líquido da Médis cifrou-se em 92.058 milhares de euros e o capital próprio em 46.825 milhares de euros, uma taxa de crescimento positiva de 24,8% face ao exercício anterior, explicada por um lado pelo aumento nos resultados líquidos e por outro lado pela evolução positiva ao nível das reservas de reavaliação, devido à recuperação, verificada em 2012, do mercado de capitais. A cobertura do ativo pelos capitais próprios cifrou-se em 50,9%. O rácio de solvência situou-se em 185%.
A Millenniumbcp Ageas opera no mercado de fundos de pensões através da sociedade gestora Pensõesgere, tendo, em 2012, mantido a sua posição de liderança no mercado dos fundos de pensões com uma quota de mercado de 29,1%.
No final de 2012 a Pensõesgere tinha 4.190 milhões de euros de ativos sob gestão, que representavam um acréscimo de 8,4% face a 2011, valor em linha com o crescimento do mercado, que se situou em 8,7%.
No final de 2012, o volume total de ativos geridos pela Pensõesgere, encontrava-se repartido por 26 fundos fechados, 4 fundos Abertos e 5 fundos abertos PPR.
O total dos activos sob gestão relativos aos 26 fundos fechados totalizou 4.026 milhões de euros, a que correspondeu um acréscimo de 313 milhões de euros face a 2011, valor sensivelmente igual ao das contribuições sendo que os rendimentos gerados corresponderam, grosso modo, ao montante de pensões pagas.
Os fundos de pensões abertos continuaram a ser os que denotam maior dinâmica, com um crescimento de 12,7%, tendo o volume de ativos sob gestão atingido 126,8 milhões de euros.
No que diz respeito aos fundos PPR, o valor sob gestão no final de 2012 atingiu 37,2 milhões de euros. Os proveitos decorrentes da prestação de serviços no valor de 8,3 milhões de euros registaram uma redução de 26,7% face a 2011, inferior à redução de ativos sob gestão.
Os custos operacionais no valor de 4,1 milhões de euros apresentam um decréscimo de 25,4%, em linha com a redução de proveitos. Salienta-se ainda que, apesar da transferência de 43,0% dos ativos (2,8 mil milhões de euros) para a Segurança Social, os resultados líquidos do exercício desceram apenas 24,8% face a 2011, situando-se em 3,4 milhões de euros.
Os capitais próprios totalizaram, em 31 de Dezembro de 2012, 23,2 milhões de euros, denotando um crescimento de 24,1% em resultado de durante o ano de 2012 não ter existido qualquer distribuição de resultados ou de reservas.
Em consequência do aumento dos capitais próprios a rendibilidade média dos capitais próprios da Pensõesgere baixou em cerca de um terço do seu valor para 16,2%. No entanto, em contrapartida a Margem de Solvência aumentou de 410%, em 2011, para 474% em 2012.
2011 foi um ano extremamente desafiante para todo o setor financeiro, seja para os bancos, seja para o setor segurador, e em especial para as seguradoras que operam sobretudo em bancassurance, como é o caso da Millenniumbcp Ageas.
A análise que respeita ao volume de produção do Grupo e do mercado segurador, inclui contratos de investimento que, de acordo com as normas IFRS, não são contabilizados como prémios de seguros, nomeadamente produtos Unit-linked (UL).
Em 2011, a Millenniumbcp Ageas, apresentou face ao ano anterior um decréscimo de 33,3% no volume de prémios de seguro direto, penalizada pela prestação do segmento Vida com um decréscimo de 37,9%, ainda assim ligeiramente inferior ao mercado, que diminuiu 38,1%.
O segmento Não-vida, contrariamente ao comportamento do mercado, apresentou um crescimento de 2,0%, fato tanto mais assinalável dado que foi obtido num contexto de fraca performance da nossa economia, com uma recessão próxima dos 2%.
Com um volume de prémios de seguro direto de 1.297 milhões de euros e uma quota de mercado global de 11,3%, a Millenniumbcp Ageas posicionou-se, no mercado nacional, como o segundo maior grupo segurador, subindo desta forma uma posição no ranking segurador nacional. No negócio dos Fundos de Pensões, o volume total de ativos situou-se, no final de 2011, em 3.865 milhões de euros, sendo de assinalar a transferência, ao abrigo do Decreto-Lei 127/2011, de 2,7 biliões de euros do Fundo de Pensões do banco Millennium bcp para o sistema da Segurança Social.
Este fato, conduziu à redução da quota de mercado da Pensõesgere, em cerca de 6,9 pontos percentuais, atingindo os 28,3%, mantendo-se no entanto como líder isolada no mercado nacional de fundos de pensões. Em 2011, a Millenniumbcp Ageas atingiu em Não-vida um volume de prémios de seguro direto de 226 milhões de euros, registando um acréscimo de 2,0% face ao ano anterior, em contraciclo com o mercado segurador nacional, que decresceu 0,9%, condicionado mais uma vez, pela fraca prestação da nossa economia e por uma intensa concorrência entre operadores.
O rácio combinado de Não-vida, após imputação de custos administrativos, fixou-se em 88,3% o que representa uma diminuição de 3,1 pontos percentuais face ao ano de 2010, explicado pelo esforço efetuado na contenção dos custos de exploração e pelo rigor nas políticas de subscrição e aceitação de riscos que levaram a uma redução das taxas de sinistralidade.
Os custos administrativos registam uma redução de 5,7%, fixando-se nos 91,4 milhões de euros. Em 2011, o resultado líquido consolidado do exercício, antes VOBA (value of business acquired), foi de 36,5 milhões de euros, o que compara desfavoravelmente com o resultado líquido de 141,9 milhões de euros, obtido no exercício de 2010.
O resultado líquido consolidado, após VOBA, cifrou-se em 16,4 milhões de euros.
O resultado obtido foi fortemente penalizado por um conjunto de fatores não recorrentes relacionados com a evolução dos mercados financeiros, que obrigaram ao registo de imparidades e menos valias realizadas em ativos como a divida soberana da Grécia e ações do BCP.
Excluindo os fatores não recorrentes, o resultado líquido consolidado do exercício, antes de VOBA, situar-se-ia em 115,2 milhões de euros e o resultado líquido consolidado, após VOBA, em 95,1 milhões de euros.
Em 31 de Dezembro de 2011 a estrutura de capitais próprios do grupo Millenniumbcp Ageas apresenta, em termos consolidados, um rácio de solvência de 146,6%.
Em 31 de Dezembro de 2010, o rácio obtido foi de 183,3%, o que evidencia um decréscimo de 37 pontos percentuais face ao ano anterior devido, essencialmente, ao aumento de volatilidade da carteira de ativos financeiros que implicou um reforço substancial da reserva de reavaliação.
O rácio de solvabilidade apresentado foi calculado de acordo com os critérios definidos pelo Instituto de Seguros de Portugal e reflete uma estrutura de capitais sólida e adequada às responsabilidades assumidas em todas as Companhias que integram o grupo Millenniumbcp Ageas.
Num contexto económico recessivo a Ocidental Seguros incrementou em 2% o volume de prémios de seguro não vida, o que contrasta com um decréscimo do mercado de 0,7%.
De facto, o exercício de 2011 registou um forte crescimento nas vendas de produtos de Risco de Venda Ativa (não associada a produtos bancários), traduzindo-se no melhor ano de sempre nesta linha de negócio, e contribuindo para o incremento do índice de posse de seguros nos Clientes do distribuidor Millennium bcp.
Efetivamente, a Rede de Retalho do Banco apresentou crescimentos significativos, como se ilustra nos parágrafos seguintes. As vendas de Acidentes Pessoais tiveram um incremento de +20%, assim como um aumento do prémio médio, fruto do lançamento de uma nova oferta, segmentada em função das necessidades do mercado.
Este foi um ramo em que o mercado decresceu 12,2% em prémios de seguro direto, tendo a Ocidental Seguros crescido 2,9% e reforçado o seu 2º lugar nacional. A performance mais significativa ocorreu nos seguros Automóvel Venda Ativa, com um crescimento de +56%, e nos seguros de Acidentes de Trabalho, com um crescimento de +98%, o que indicia o aumento do enfoque e dinamismo do Banco na comercialização de seguros.
O ramo Multirriscos Venda Ativa continuou a crescer a um ritmo significativo com +39%, conduzindo a um volume de prémios de +6,3%, bem acima dos +1,5% do mercado, e evidenciando o sucesso do cross selling ao longo do ano, que permitiu contornar as dificuldades colocadas pela contração na concessão de crédito.
É de salientar neste ramo a inovação na oferta para o segmento de PME's, através do produto Proteção Negócio, que lançou os pilares de uma nova abordagem sectorial para Empresas. As vendas de produtos Médis registaram um valor considerável de +14%, o que permitiu manter o caminho de ganho de quota de mercado.
Para estes resultados contribuiu quer a continuidade das campanhas no distribuidor Millennium bcp, quer o seu posicionamento como fornecedor de seguros nomeadamente através da campanha "Seguros é no Millennium", provando que, mesmo num contexto económico adverso, a inovação de produto e de comunicação produz resultados.
São também de destacar os frutos da estratégia de distribuição multi-canal e do canal específico bancassurance Negócios, criado para abordar o segmento de PME's, através de um modelo inovador, que concilia uma Rede de Agentes criteriosamente selecionados com uma abordagem personalizada a Clientes Empresa do Banco. No que respeita aos seguros de Risco de venda associada a crédito, apesar do esperado decréscimo de volume de crédito concedido e do aumento dos spreads, a taxa de penetração dos seguros associados a operações de crédito manteve-se sustentada em níveis de excelência que constituem benchmarks internacionais.
Em termos de inovação produto-mercado foram exploradas novas formas de associação a produtos bancários via packaging e novas soluções de PPP's. É de destacar o investimento efetuado em reorganização de áreas e processos de suporte ao negócio, por forma a dotar a empresa dos meios de resposta necessários à sua ambição de crescimento e excelência de serviço.
Por fim, é de salientar o prémio de Best Insurer 2011 atribuído à holding de Seguros Millenniumbcp Ageas, onde se inclui a Ocidental Seguros, pela prestigiada revista World Finance. Este prémio é, em grande parte, um reconhecimento da solidez dos indicadores financeiros da Ocidental Seguros. O volume de prémios brutos emitidos atingiu em 2011 um volume de 216.376 milhares de euros, valor que compara favoravelmente com os 211.446 milhares de euros do exercício anterior.
Daqui resulta um crescimento absoluto de 2,3% para o período, quando o mercado apresentou um decréscimo de 0,9%. Destacamos pela positiva, o crescimento no volume de prémios dos ramos de Doença Não PPP, Incêndio Acidentes de Trabalho e Acidentes Pessoais, fruto de uma forte dinamização de todas as redes comerciais. De realçar que, em Acidentes Pessoais, a Ocidental Seguros alcançou a 2ª posição no ranking das Seguradoras Nacionais, com uma quota de 8,7%.
Contudo, os ramos de Automóvel e Doença PPP apresentaram novamente uma taxa de crescimento negativa, fruto da conjuntura económica atual, traduzindo-se no Automóvel em taxas de anulação elevadas e no ramo de Doença PPP em taxas de penetração aquém dos objetivos. A sinistralidade, entendida como o rácio entre os custos com sinistros e os respectivos prémios adquiridos, fixou-se nos 61,6%, valor inferior ao verificado em 2010 de 62,4%, e bastante abaixo do mercado, reflectindo a rigorosa política de subscrição prosseguida em 2011.
Pela positiva, destacaríamos os excelentes níveis de sinistralidade nos ramos de Doença, Acidentes Pessoais e Responsabilidade Civil. No prosseguimento da política de resseguro da companhia, o custo líquido do resseguro, medido pelos prémios de resseguro cedido, deduzidos das respetivas comissões, diminuiu ligeiramente para 58,2% dos prémios brutos emitidos neste exercício, face aos 58,7% verificados em 2010. Em 2011, como resultado da melhoria da taxa de sinistralidade e da diminuição do custo do resseguro, o resultado técnico cresceu 5,9%, situando-se nos 7.532 milhares de euros, o que corresponde a 3,5% dos prémios brutos emitidos.
Os gastos administrativos reduziram 6,2%, registando um montante de 15.596 milhares de euros, o que corresponde a 7,2% dos prémios brutos emitidos face aos 7,9% em 2010.
O rácio combinado situou-se nos 81,9%, correspondente a uma melhoria de 2 pontos percentuais face ao ano de 2010, refletindo, deste modo, a gestão criteriosa dos sinistros aliada a uma política de controlo rigoroso dos custos administrativos. Não obstante a conjugação da evolução favorável da margem técnica e dos custos de exploração, os resultados de 2011 foram negativamente afetados por um custo financeiro na ordem dos 1.618 milhares de euros, resultante do registo de imparidades da divida soberana da Grécia, o que originou que os resultados antes de impostos se situassem nos 6.712 milhares de euros, 3,1% dos prémios brutos emitidos.
O resultado líquido após impostos cifrou-se em 5.003 milhares de euros. O activo líquido da Ocidental Seguros cifrou-se em 205.822 milhares de euros e o capital próprio em 46.531 milhares de euros, um crescimento de 0,6% face ao exercício anterior, explicado por um aumento nos resultados líquidos que compensou a variação negativa verificada nas reservas de reavaliação.
A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 22,6%. O rácio de solvência situou-se em 238%.
Num contexto económico recessivo e particularmente adverso para a colocação de produtos financeiros, a Ocidental Vida decresceu 37,9%, ainda assim alcançando uma performance acima do mercado, tendo fechado 2011 com uma quota de mercado de 14,6%.
Este foi um exercício em que a Banca em geral atravessou um período difícil por forma a fazer face às novas exigências regulatórias, o que implicou a necessidade de incrementar recursos de balanço, inviabilizando o enfoque na colocação de produtos financeiros não elegíveis para aquele critério.
Assim, a nível de seguros de Capitalização e PPR existiu uma quebra significativa no volume de prémios, de 85,5% e 78,4% respetivamente. Ainda assim, a quebra verificou-se ao nível das vendas e não tanto do portfolio, evidenciando a sua solidez. A quebra de vendas nos seguros PPR foi agravada pelas fortes condicionantes introduzidas com o Orçamento de Estado de 2010, ao nível dos benefícios fiscais.
Em sentido oposto, os produtos Unit-Linked demostraram grande vitalidade tendo crescido +25% em volume de prémios na Rede de Retalho do Banco, em contraciclo com o mercado, que decresceu 7,5%. Tal deve-se à inovação de produto-mercado, que permitiu o lançamento periódico de séries especiais especialmente atrativas, que resultaram em casos de sucesso, incluindo o lançamento de soluções especiais para o segmento de Private Banking.
Associando a mais-valia da oferta ao dinamismo da força de vendas do Banco, foi possível num exercício de tão grande complexidade e exigência obter um crescimento significativo. No que respeita aos produtos de risco, a performance foi positiva, traduzindo-se num crescimento do volume de prémios de 2,8%, mais uma vez em contraciclo com o mercado que decresceu 1%.
A Ocidental Seguros fechou 2011 ocupando o 2º lugar do ranking nacional com uma quota de mercado de 19,2%. Apesar do esperado decréscimo de volume de crédito concedido e do aumento dos spreads, a taxa de penetração dos seguros associados a operações de crédito manteve-se sustentada em níveis de excelência que constituem benchmarks internacionais. Em produtos de Risco de Venda Activa, o foco nos pilares estratégicos de inovação de produto-mercado e da distribuição multi-canal continuou a produzir resultados visíveis. O número de campanhas com objectivos comerciais no Millennium bcp foi um importante motor para a evolução do negócio de risco em venda activa, apesar do contexto económico adverso e do aumento da penetração de seguros no mercado e na base de Clientes do Banco. Por fim, é de salientar o prémio de Best Insurer 2011 atribuído à holding de Seguros Millenniumbcp Ageas, onde se inclui a Ocidental Vida, pela prestigiada revista World Finance.
Este prémio é, em grande parte, um reconhecimento da solidez dos indicadores financeiros da Ocidental Vida. O resultado técnico do ramo Vida situou-se em 2011 nos 10.191 milhares de euros, evidenciando um decréscimo de 93,2% relativamente aos 148.857 milhares de euros verificados no período homólogo de 2010.
O decréscimo verificado, explicado ao nível da componente financeira do negócio, é resultante do registo de 103.682 milhares de euros em perdas de imparidades, nomeadamente da divida soberana da Grécia e das Ações do Mbcp, com reflexos negativos nos resultados em geral e em particular ao nível dos produtos de Capitalização e PPR, não ligados a fundos de investimento.
O maior contributo relativo para o resultado da companhia continua a ser proporcionado pelos produtos de Risco, cuja rentabilidade se baseia em políticas e práticas de subscrição rigorosas e uma superior capacidade de controlo de custos. A obtenção de um rácio de despesas de 0,84%, revela uma gestão criteriosa e adequada que permitiu minimizar os efeitos adversos dos mercados de capitais. Os gastos administrativos, por seu lado, atingiram os 16.676 milhares de euros, evidenciando uma redução de 10,4% face ao período homólogo.
A evolução desfavorável da componente financeira, não obstante a excelente performance técnica do negócio, a oferta diversificada e inovadora de soluções para os clientes e o controlo rigoroso ao nível dos custos operativos justificam o decréscimo de 85,7% nos resultados antes de impostos, que atingiram em 2011 os 23.746 milhares de euros. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 17.972 milhares de euros.
Ao nível da situação patrimonial é de referir que o activo líquido atingiu os 10.847.565 milhares de euros, o que resulta num decréscimo de 12,3% em relação ao ano anterior, devido à alienação de ativos financeiros disponíveis para venda.
A situação líquida da Ocidental Vida situou-se nos 277.492 milhares de euros, ou seja um decréscimo de 40,7% em relação ao ano anterior, explicado pela variação negativa verificada nas reservas de reavaliação. O rácio de solvência situou-se em 124%.
Apesar do contexto económico adverso, a Médis continuou a crescer em volume de prémios, tendo fechado 2011 com €M134,6, prosseguindo um caminho de ganho de quota de mercado.
De facto, considerando prémios de seguro direto e resseguro aceite, a Médis fechou o exercício de 2011 com 26,4% de quota de mercado (+0,4pp face ao exercício anterior).
O ano de 2011 continuou a ser marcado pela inovação, focada nas necessidades dos diversos segmentos de mercado. Foi dada particular atenção ao canal web, seja na vertente da Rede de Prestadores de Cuidados de Saúde, através da renovação do site Médis Prestadores – pilar da atividade, seja na vertente de Clientes, com a disponibilização de novas funcionalidades como, por exemplo, o carregamento de despesas online. A retenção de clientes e a respetiva monitorização da taxa de anulação, fulcral no atual contexto económico, foi objeto de iniciativas concretas com significativo sucesso, ilustrado por uma taxa de recuperação de Clientes com pedidos de anulação de 30%.
Por outro lado, numa lógica proactiva de fidelização de Clientes, várias foram as medidas tomadas no sentido da contínua melhoria dos elevados padrões de excelência prestados pela Médis, que são referência no setor, tendo sido dada particular atenção aos momentos chave da relação contratual com os Clientes.
A promoção da marca Médis foi assegurada através de duas vagas de comunicação multimeios, dando continuidade ao posicionamento da marca e contribuindo para a sua consolidação. Ocorreram, em simultâneo, campanhas específicas nos diversos distribuidores dos produtos Médis, contribuindo assim para alavancar os resultados obtidos.
A marca marcou presença em meios de comunicação tradicionais, na internet e, mais uma vez e com importante cobertura mediática, em eventos desportivos selecionados e com elevado return of investment. De destacar, por fim, a performance comercial do último quadrimestre do ano, que contribuiu com mais de 20.000 novas pessoas seguras, num mercado concentrado, maduro e concorrencial. Para os resultados obtidos contribuiu a estratégia de distribuição multi-canal dos produtos Médis, que prosseguiu em 2011 através da extensão do negócio de micro-empresas à AXA. Além da evolução positiva do volume de prémios e de notoriedade da marca, a Médis apresentou em 2011 os melhores resultados do exercício de sempre. Principais acontecimentos: Aumento da quota de mercado, incluindo o resseguro aceite, para 26,4%; A Médis manteve a liderança no seu segmento em notoriedade e recordação da marca, tendo fechado o ano no top 3 de recordação total declarada, ultrapassando seguradoras telefónicas com investimentos em publicidade bastante superiores, de acordo com os dados produzidos pela Marktest; Obteve pelo 6º ano consecutivo o prémio SuperBrand e pelo 3º ano o Prémio Marca de Confiança O prémio de Best Insurer 2011 atribuído à holding de Seguros Millenniumbcp Ageas, onde se inclui a Médis, pela prestigiada revista World Finance. Este prémio é, em grande parte, um reconhecimento da solidez dos indicadores financeiros da Médis. Os prémios brutos emitidos atingiram em 2011 um volume de 141.437 milhares de euros, uma variação positiva de 3,7% comparativamente com o ano anterior, significativamente superior ao mercado, que cresceu cerca de 1,5% no ramo Doença. O crescimento da carteira core da Médis permitiu consolidar a segunda posição no ramo. Por seu lado, os custos líquidos com sinistros, cifraram-se em 102.486 milhares de euros, um crescimento de apenas 1,4% face ao ano anterior e evidenciando uma melhoria de 2,3 pontos percentuais na taxa de sinistralidade face ao ano 2010, situando-se em 72,0% o que é muito abaixo do mercado. O Unit-Linked totalizou 9.981 milhares de euros, um aumento de 4.330 milhares de euros face ao exercício anterior e um rácio de 7,1% sobre os prémios brutos emitidos. O principal factor para o aumento do resultado técnico foi o facto de as indemnizações líquidas de resseguro cresceram 1.442 milhares de euros, enquanto os prémios líquidos adquiridos cresceram 6.402 milhares de euros. Os gastos administrativos situaram-se nos 7.852 milhares de euros. Tal representa um decréscimo de 8,6% face a 2010. Face à melhoria do resultado técnico e à diminuição significativa dos custos administrativos, o resultado antes de impostos da Médis cresceu 61,2% face ao exercício anterior, situando-se nos 9.443 milhares de euros. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 6.571 milhares de euros. O rácio combinado situou-se nos 91,3%, uma melhoria de 2,0 pontos percentuais face a 2010, como resultado da melhoria da taxa de sinistralidade. O activo líquido da Médis cifrou-se em 81.439 milhares de euros e o capital próprio em 37.531 milhares de euros, uma taxa de crescimento positiva de 15,4% face ao exercício anterior, explicada essencialmente por um aumento nos Resultados Líquidos. A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 46,1%. O rácio de solvência situou-se em 154%, no entanto, em 2011 não será efetuada distribuição de dividendos, reforçando-se os capitais próprios da companhia para os desafios futuros.
A Millenniumbcp Ageas opera no mercado de fundos de pensões através da sociedade gestora Pensõesgere, baseando a sua atividade na qualidade da informação prestada, no acompanhamento permanente e na resposta atempada às solicitações dos seus Clientes, tendo, em 2011, mantido a sua posição de liderança no mercado dos fundos de pensões.
No final de 2011 a Pensõesgere tinha 3.865 milhões de euros de ativos sob gestão, que representavam um decréscimo de 42% face a 2010, em resultado da transferência para a Segurança Social da responsabilidade do Fundo de Pensões do Grupo BCP, com pensões em pagamento a 31 de Dezembro de 2011 prevista no regime de segurança social substitutivo regulamentada pelo Decreto-Lei 127/2011, de 30 de Dezembro, no valor global de 2.746 milhões de €.
Expurgando o valor dessa transferência a redução dos ativos sob gestão teria sido de apenas 1,6% em linha com a rendibilidade média dos fundos de pensões. Como a transferência realizada para a Segurança Social relativa ao Fundo de Pensões do Grupo BCP representa 46% dos valores totais transferidos pelo conjunto dos fundos de pensões envolvidos a quota de mercado da Pensõesgere registou uma quebra de 5 pontos percentuais, tendo passado para 29,2%, apesar desta redução significativa a Pensõesgere continua a ser líder destacada do mercado de fundos de pensões.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços no valor de 11,1 milhões de euros registaram uma redução de apenas 1% face a 2010, não refletindo ainda qualquer redução decorrente da redução dos ativos sob gestão.
Os custos totais no valor de 5,7 milhões de euros apresentam um acréscimo de 18,6%, em resultado de uma variação negativa de um milhão de € em outros gastos e perdas. Esta variação ficou a dever-se à confirmação da isenção de pagamento de IVA nas prestações de serviço pagas no âmbito dos contratos de mandato de gestão, que permitiu a recuperação de IVA de ano transatos contribuindo para uma redução dos custos em 25% em 2010. Em consequência do acréscimo de custos os resultados operacionais apresentam uma redução de 12,1% face a 2010.
Os resultados líquidos do exercício situaram-se em 4,5 milhões de euros, valor que se encontra 6,8% abaixo do registado em 2010.
A rendibilidade média dos capitais próprios continuou a apresentar um valor interessante com um nível de rendibilidade média de 24,1%.
Os capitais próprios totalizaram, em 31 de Dezembro de 2010, 18,7 milhões de euros. Em resultado da redução de ativos sob gestão decorrente do processo de transferência para a Segurança Social, a margem de solvência aumentou 115% passando a evidenciar um nível de cobertura de 410% antes de dividendos distribuídos.
2010 foi um ano extremamente difícil e exigente a todos os níveis. A manutenção do ambiente económico recessivo, o contínuo aumento do desemprego, o agravamento da pressão dos mercados financeiros, nomeadamente no que respeita à dívida soberana dos países periféricos da Europa, e a falta de liquidez dos mercados, são apenas alguns dos factores que condicionaram fortemente o crescimento e a solidez do mercado segurador. Apesar deste enquadramento, o balanço de 2010 da Millenniumbcp Ageas foi extremamente positivo e globalmente foram atingidos os objectivos traçados. De entre os vários acontecimentos que marcaram a actividade de 2010, destacam-se os seguintes:
Ao nível comercial, os volumes globais de vendas de PPR voltaram a superar, pela 3ª vez consecutiva, os registos dos anos anteriores, fazendo do exercício de 2010 o melhor de sempre. Em seguros de Capitalização, destaque para o crescimento de 45% nos planos com entregas programadas. Nos produtos Unit-Linked , a Rede de Private Banking multiplicou por quatro os montantes subscritos por comparação com o exercício anterior, tendo sido 2010, também aqui, o melhor ano de sempre.As taxas de penetração dos seguros na base de Clientes do Millennium bcp mantiveram-se sustentadas em níveis de excelência que constituem benchmarks internacionais. As vendas de produtos Médis cresceram acima dos 10%, o que permitiu fechar o exercício com 25% de quota de mercado, mais de 455.000 Clientes, um nível de satisfação de 97%, e a liderança no seu segmento em notoriedade e recordação da marca, renovando pelo 5º ano consecutivo o prémio SuperBrand. De destacar, especialmente na difícil conjuntura económica para as empresas, os êxitos do relançamento do EuroNegócio, do modelo de suporte especializado no segmento de Negócios, e do crescimento de 2 dígitos na bancassurance Empresas;
O novo canal de distribuição de Não Vida – Ocidental - Agentes & Corretores – lançado no início de 2008 para o segmento de PME, que é suportado por uma rede de mediadores profissionais, contribuiu já, no ano de 2010, com um volume de prémios de 35,5 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 9,1% face ao ano anterior; Ainda ao nível comercial, de realçar a contribuição dos Acordos de Distribuição – parcerias entre a Médis e outras Seguradoras – cuja receita processada atingiu 10,1 milhões de euros em 2010, o que representa um crescimento de 64% face ao ano anterior; O grau de satisfação dos Clientes com os produtos e serviços prestados cresceu em 2010 de 71,8% para 73,0%. Para este facto contribuiu o permanente enfoque de todas as áreas da empresa no serviço ao Cliente, o que permitiu melhorar a rapidez de resposta aos pedidos efectuados (passou de 2,3 dias úteis em 2009 para 1,7 em 2010) e às reclamações (passou de 3,0 dias úteis em 2009 para 2,7 em 2010), e a qualidade do serviço prestado;
No início de 2010 foi lançado um projecto para dinamizar e melhorar o desempenho das áreas técnicas e operativas. Este projecto denominado de ‘M4’ assenta em quatro vectores chave de intervenção: serviço ao Cliente, rentabilidade, produtividade e motivação. O projecto assenta no forte envolvimento de todos os Colaboradores seja através da submissão de ideias de melhoria inicialmente com a criação de um banco de ideias com elevado índice participativo, (445 ideias submetidas), seja, na colaboração activa na implementação das iniciativas criadas através das ideias recolhidas. Uma das características de relevo do "M4" é a sua componente comunicacional, com especial enfoque na página web criada no portal da Millenniumbcp Ageas, onde todos os Colaboradores podem acompanhar o desenrolar do projecto (evolução das iniciativas e resultados obtidos). Para apoiar o projecto foi designada uma equipa que se ocupa da dinamização, organização, acompanhamento das iniciativas e da actualização da informação sobre o projecto. Ainda no âmbito do projecto "M4", foi concluída a restruturação das áreas de back-office de Não Vida, da qual resultou a centralização das áreas técnicas e das áreas de gestão de sinistros, que permitirá ganhos de produtividade e eficiência no futuro; Ao nível da gestão de sinistros Não Vida, 2010 foi o ano de estabilização operativa e consolidação dos procedimentos no âmbito do modelo de gestão de sinistros que assenta no outsourcing de um conjunto de actividades de suporte à gestão, consequentemente não core. Na vertente financeira, 2010 foi um ano de poupanças significativas ao nível dos custos da plataforma, decorrentes de economias de escala e de renegociação de contratos outsourcing. Este modelo, que é único e inovador no mercado segurador, foi iniciado em 2009 para os ramos Automóvel e Acidentes de Trabalho. A centralização da gestão de sinistros Não Vida, com excepção de Saúde, numa única área, permitiu o alargamento do modelo aos restantes ramos, nomeadamente Acidentes Pessoais, Planos de Protecção e Multirriscos, gerando economias de escala e potenciando ganhos de produtividade e sinergias;
Ao nível da gestão de sinistros do ramo Saúde, as exigências de alguns negócios em carteira, constituídos por soluções feitas à medida dos Clientes (tailor made), com circuitos e níveis de serviço pré-negociados, levaram a área à apostar ainda mais fortemente na eficiência e eficácia operativa, com vista ao cumprimento das condições negociais acordadas, algumas delas suportadas em gestão personalizada. Os níveis de serviço alcançados (80% das despesas realizadas fora da Rede Médis pagas até 10 dias) são um dos suportes à satisfação do universo seguro e dos Clientes. Também no que respeita ao tratamento e processamento da facturação manual que os Prestadores Médis enviam para pagamento, a estrutura foi ajustada com vista a uma melhor resposta e optimização dos recursos, visando o cumprimento dos prazos de pagamento acordados (85% das facturas pagas até 30 dias) bem como a conferência das mesmas;
Ao nível dos sistemas de informação, merecem destaques as múltiplas iniciativas de reforço à automatização e webização de processos partilhados com o Millennium bcp que permitem às Sucursais do Banco concluírem todo o processo de venda num único contacto, apresentando a proposta ao Cliente, fechando o negócio, emitindo a apólice e cobrando o prémio. Entre as várias actividades levadas a cabo ao longo do ano, destacam-se ainda: i) o Projecto Vida/AIA, cujo objectivo consiste na implementação de um novo suporte informático à gestão integral do negócio do ramo Vida, que permitirá um salto qualitativo a todos os níveis da cadeia de negócio e que no futuro será certamente um factor diferenciador face aos principais concorrentes; ii) o Projecto IValue que tem como objectivo melhorar a qualidade da informação de gestão que suporta o processo de decisão; Na área de gestão de riscos, dando continuidade ao projecto de implementação do Regime de Solvência II iniciado no segundo semestre de 2009, procedeu-se ao alinhamento do plano local com o plano do grupo Ageas, com o objectivo de maximizar sinergias. Procedeu-se, igualmente, ao desenvolvimento do plano detalhado, análise de recursos e investimento. Ainda no último trimestre de 2010, e de acordo com o planeamento, iniciaram-se alguns sub-projectos, no âmbito dos workstreams de Governance, IT e Modelling;
Na área da gestão dos Recursos Humanos, merecem destaque duas iniciativas: no âmbito da formação, o desenvolvimento de uma Plataforma de e’learning que permitirá aos Colaboradores através de uma ferramenta simples e de fácil acesso, desenvolver e enriquecer as suas competências técnicas no âmbito da actividade seguradora e a aprovação de um programa de restruturação, a implementar a partir de 2011, que visa o rejuvenescimento do quadro de Colaboradores; O reconhecimento do mercado pelo trabalho que tem vindo a ser realizado ao longo dos últimos anos encontra-se patente no facto de mais uma vez a Ocidental Vida ter sido distinguida pela Revista Exame com o prémio de "Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida" a operar no mercado português;
No negócio de gestão de Fundos de Pensões, a Pensõesgere manteve a liderança destacada do mercado, tendo o valor global dos activos sob gestão ultrapassado os 6,7 mil milhões de euros, salientam-se ainda todos os trabalhos preparatórios para adequar os serviços da Pensõesgere às novas exigências regulamentares, nomeadamente do relato financeiro, gestão de risco e controlo interno. Em 2010, o resultado líquido consolidado do exercício, antes VOBA ("value of business acquired"), foi de 141,9 milhões de euros, o que compara muito favoravelmente com o resultado líquido de 127,4 milhões de euros obtido no exercício de 2009. O resultado líquido consolidado, após VOBA, cifrou-se em 114,1 milhões de euros. A excelente performance técnica do negócio no exercício em análise, a adopção de uma política prudente ao nível da gestão de investimentos, a diversificação da oferta de produtos e o controlo rigoroso dos custos operativos permitiu atingir o melhor Resultado Líquido de sempre da Millenniumbcp Ageas.
Apesar do esperado decréscimo de volume de crédito concedido e do aumento dos spreads, a taxa de penetração dos seguros associados a operações de crédito manteve-se sustentada em níveis de excelência que constituem benchmarks internacionais. De registar o crescimento do peso do novo PPP associado a crédito habitação (+ 130,6% face ao exercício anterior), e a evolução muito positiva do Seguro Automóvel associado a operações de financiamento: + 78,6% face a 2009.
Em produtos de Risco de Venda Activa, o foco nos pilares estratégicos de inovação de produto-mercado e da distribuição multi-canal continuou a produzir resultados visíveis. O número de campanhas com objectivos comerciais no Millennium bcp foi um importante motor para a evolução do negócio de risco em venda activa, apesar do contexto económico adverso e do aumento da penetração de seguros no mercado e na base de Clientes do Banco. As vendas de Acidentes Pessoais cresceram 25,3%, devido ao efeito combinado da reconhecida qualidade da oferta de produto, e do dinamismo comercial do Millennium bcp.
As vendas de produtos Médis registaram um valor considerável, o que permitiu manter o caminho de ganho de quota de mercado. Ainda em produtos de Risco de Venda Activa, o produto Pétis, seguro de animais domésticos com componente de Responsabilidade Civil e de despesas de tratamento, registou um crescimento do volume de prémios novos de 163,9% face ao exercício anterior, provando que, mesmo num contexto económico adverso, a inovação de produto e de comunicação produz resultados. O Pétis é um produto com enorme potencial, e uma das apostas para o desenvolvimento do negócio multi-canal nos próximos anos.
Nos produtos Multirriscos de Venda Activa, 2010 voltou a ser um ano de crescimento, seja no segmento de particulares, seja no de PME. Relativamente ao exercício anterior, o volume de prémios novos cresceu 11,4%. O produto Multirriscos da Ocidental Seguros manteve, mais uma vez, a distinção que a principal organização de consumidores portuguesa lhe tem vindo a atribuir, classificando-o entre os melhores do mercado nacional. No ramo Automóvel, que não tem sido uma das apostas estratégicas em termos de promoção dos produtos do Millenniumbcp Ageas no Banco, registou-se um decréscimo do volume de prémios novos de 6,3%. No entanto, a reformulação da oferta iniciada no exercício de 2010 perspectiva uma inversão para os anos seguintes, assente na inovação de produto e no ajustamento às necessidades dos Clientes do Millennium bcp. De destacar, por fim, especialmente na difícil conjuntura económica para as empresas, o relançamento do EuroNegócio através de uma adequação e flexibilização das soluções para pequenos negócios, o êxito do modelo de suporte especializado no segmento de Negócios, e o crescimento de 2 dígitos na bancassurance Empresas.
A consolidação do canal de negócio direccionado ao segmento de PME, assente numa rede criteriosamente seleccionada de agentes e corretores, contribuiu como esperado para a subida da quota de mercado da Ocidental Seguros em Não Vida, novamente um facto a assinalar num ano desafiante como foi o de 2010, e num mercado concentrado, maduro e concorrencial. O volume de prémios brutos emitidos atingiu 211.446 milhares de euros, valor que compara favoravelmente com os 197.860 milhares de euros do exercício anterior. Daqui resulta um crescimento absoluto de 6,9% para o período, quando o mercado apresentou um ligeiro acréscimo de 0,9%. Destacamos pela positiva, o crescimento do volume de prémios de Doença, Incêndio e Acidentes Pessoais, fruto de uma forte dinamização de todas as redes comerciais. Contudo, os prémios de Acidentes de Trabalho e Automóvel apresentaram taxas de crescimento negativas, fruto da conjuntura económica actual, traduzindo-se em taxas de anulação elevadas.
A sinistralidade (rácio entre os custos com sinistros e os respectivos prémios adquiridos), fixou-se nos 62,4%, valor superior ao verificado em 2009 de 57,1%, mas bastante abaixo do mercado, reflectindo a rigorosa política de subscrição prosseguida em 2010. O ramo de Incêndio e Outros Danos apresentou o crescimento mais elevado, como consequência das várias intempéries ocorridas em 2010, com especial destaque para as Inundações ocorridas na Madeira. Pela positiva, destacaríamos os excelentes níveis de sinistralidade em Doença e Acidentes Pessoais.
A política de resseguro manteve-se estável. O custo líquido do resseguro, medido pelos prémios de resseguro cedido, deduzidos das respectivas comissões, aumentou para 58,7% dos prémios brutos emitidos neste exercício, face aos 56,1% de 2009, como resultado do aumento do custo de resseguro dos tratados não proporcionais. Em 2010, em resultado do aumento do custo do resseguro, do agravamento da taxa de sinistralidade e do aumento das despesas de aquisição, o resultado técnico diminuiu 63,7%, situando-se nos 7.112 milhares de euros, o que corresponde a 3,4% dos prémios brutos emitidos. Os custos administrativos aumentaram 18,6%, registando 16.621 milhares de euros, o que corresponde a 7,9% dos prémios brutos emitidos face aos 7,1% em 2009. O rácio combinado situou-se nos 83,9%, reflectindo, deste modo, a gestão criteriosa dos sinistros aliada a uma política de controlo rigoroso dos custos administrativos.
A conjugação da evolução desfavorável da margem técnica e dos custos de exploração, originaram que os resultados antes de impostos se situassem nos 8.855 milhares de euros, 4,2% dos prémios brutos emitidos. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 6.270 milhares de euros. O activo líquido da Ocidental Seguros cifrou-se em 211.012 milhares de euros e o capital próprio em 46.254 milhares de euros, um crescimento de 3,2% face ao exercício anterior. A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 21,9%. O rácio de solvência situou-se em 247%.
O exercício de 2010 continuou a ser marcado pela inovação de produto-mercado.
As subscrições de PPR, medidas pelos volumes de novos e de reforços de contratos existentes, mantiveram-se em linha com as do ano anterior, embora no global o volume de prémios tenha descido cerca de 3%, fruto da esperada quebra nos volumes de contratos de entregas programadas.
Tendo presentes as alterações ao regime fiscal dos PPR decorrentes do PEC, em vigor a partir de 2011, o ano de 2010 fez do benefício fiscal a alavanca de comunicação no final do ano. Mesmo assim, o posicionamento de produto do Millenniumbcp Ageas, orientado para as necessidades dos clientes na perspectiva da constituição de poupanças de longo prazo para a reforma, permitiu que o apelo do PPR enquanto complemento de reforma não dependesse do benefício fiscal, tendo o volume de subscrições sido balanceado ao longo de todo o exercício, reduzindo a dependência de lançamento de séries especiais. Entre produtos novos e novas séries de produtos já conhecidos, foram lançadas 13 novas soluções PPR ao longo do exercício de 2010.
Os PPR disponíveis no Millennium bcp beneficiaram de campanhas de promoção multi-meios, com destaque para o rádio e para a promoção nos principais estádios de futebol ao longo das diversas competições profissionais, que beneficiaram de ampla cobertura em televisão. O ppr.net, produto inovador e exclusivo do canal internet do Millennium bcp, voltou a revelar-se apelativo para os clientes do Banco: apesar de ter estado disponível por curtos períodos (em Janeiro e em Dezembro apenas), contribuiu decisivamente para o crescimento de cerca de 500% das vendas de PPR através do portal millenniumbcp.pt.
De destacar igualmente o desenvolvimento de um PPR exclusivo para a rede de Private Banking do Millennium bcp, lançado em 2 séries, o qual contribuiu de forma muito expressiva para o volume record de subscrições nesta rede do Banco. Em seguros de capitalização, depois de um ano de 2009 marcado por um forte crescimento, a evolução dos volumes foi em linha com o esperado e acima da média dos últimos 5 anos. O Poupança 112, um dos produtos estrela do exercício anterior, voltou com uma nova série em Janeiro a merecer a preferência dos clientes do Millennium bcp, assim como o novíssimo Puro Capital.
Manteve-se também o foco na apresentação de soluções segmentadas, inovadoras e apelativas para a constituição de poupança regular. Os clientes reconheceram-no, tendo os volumes de planos com entregas programadas crescido mais de 45%. Nos produtos Unit-Linked , manteve-se no exercício de 2010 a desaceleração programada dos volumes de novos iniciada em 2009. Mesmo assim, o Millenniumbcp Ageas continuou a inovar e a apresentar sempre soluções adaptadas ao perfil dos clientes e à conjuntura de mercado.
Entre produtos novos e novas séries de produtos já conhecidos, foram lançadas 14 novas soluções Unit-Linked ao longo do exercício em análise. De sublinhar a procura registada nesta linha de produtos na Rede de Private Banking, que permitiu multiplicar por quatro os montantes subscritos, por comparação com o exercício anterior, tendo-se registado o melhor ano de sempre.
Apesar do esperado decréscimo de volume de crédito concedido e do aumento dos spreads, a taxa de penetração dos seguros associados a operações de crédito manteve-se sustentada em níveis de excelência que constituem benchmarks internacionais. Em produtos de Risco de Venda Activa, o foco nos pilares estratégicos de inovação de produto-mercado e da distribuição multi-canal continuou a produzir resultados visíveis. O número de campanhas com objectivos comerciais no Millennium bcp foi um importante motor para a evolução do negócio de risco em venda activa, apesar do contexto económico adverso e do aumento da penetração de seguros no mercado e na base de Clientes do Banco.
O resultado técnico do ramo Vida situou-se em 2010 nos 148.857 milhares de euros, evidenciando um crescimento de 21,7% relativamente aos 122.275 milhares de euros verificados no período homólogo de 2009. Registou-se este ano uma evolução muito favorável ao nível da componente financeira do negócio, com reflexos positivos nos resultados em geral e em particular ao nível dos produtos de Capitalização e PPR, não ligados a fundos de investimento.
O maior contributo relativo para o resultado da companhia continua a ser proporcionado pelos produtos de Risco, cuja rentabilidade se baseia em políticas e práticas de subscrição rigorosas e uma superior capacidade de controlo de custos. A obtenção de um rácio de despesas de 0,83%, aliado a um crescimento significativo do resultado técnico, revelam a gestão criteriosa e adequada que permitiu minimizar os efeitos adversos dos mercados de capitais.
Os custos administrativos, por seu lado, atingiram os 18.609 milhares de euros, evidenciando um aumento de 15,3% face ao período homólogo. A evolução favorável da margem financeira, apoiada por uma política prudente a nível da gestão de investimentos, a excelente performance técnica do negócio, a oferta diversificada e inovadora de soluções para os clientes e o controlo rigoroso ao nível dos custos operativos justificam o acréscimo de 16,4% nos resultados antes de impostos, que atingiram em 2010 os 165.838 milhares de euros.
O resultado líquido após impostos cifrou-se em 124.733 milhares de euros.
Ao nível da situação patrimonial é de referir que o activo líquido atingiu os 12.364.497 milhares de euros, o que resulta num decréscimo de 0,7% em relação ao ano anterior. A situação líquida da Ocidental Vida situou-se nos 467.864 milhares de euros, ou seja um decréscimo de 21% em relação ao ano anterior, a que corresponde um rácio de solvência de 162%.
O exercício de 2010 continuou a ser marcado pela inovação de produto-mercado. Todos os anos desde 2005 a Médis tem vindo a lançar novos produtos ou soluções dentro da gama existente, sempre com o foco na inovação e nas necessidades dos diversos segmentos de mercado. 2010 não foi excepção, com o lançamento do produto Vintage, destinado ao segmento sénior e a introdução de uma cobertura inovadora no mercado - Ask Best Doctors - para todos os produtos standard.
A promoção da marca Médis foi assegurada pela presença criteriosa em diversos meios de comunicação tradicionais, na internet e, mais uma vez e com importante cobertura mediática, em eventos desportivos seleccionados e com elevado return on investment. Simultaneamente, prosseguiu com assinalável sucesso a estratégia de distribuição multi-canal dos produtos Médis, com contributo crescente de todos os canais de distribuição.
De destacar, por fim, especialmente na difícil conjuntura económica para as empresas, o relançamento do EuroNegócio, o êxito do modelo de suporte especializado no segmento de Negócios, e o crescimento na bancassurance Empresas. A consolidação do canal de negócio direccionado ao segmento de PME, assente numa rede criteriosamente seleccionada de agentes e corretores, contribuiu como esperado para a subida da quota de mercado, novamente um facto a assinalar num ano desafiante como foi o de 2010, e num mercado concentrado, maduro e concorrencial.
Além da evolução positiva do volume de prémios e de notoriedade da marca, a Médis apresentou em 2010 os melhores resultados de sempre, sendo de realçar:
A Médis atingiu em 2010 os 455.000 Clientes em carteira;
O nível de satisfação de clientes registou um valor record de 97%, aferido por um estudo independente realizado pela Nielsen Company;
A Médis manteve a liderança no seu segmento em notoriedade e recordação da marca, de acordo com os Dados produzidos pela Marktest; Obteve pelo 5º ano consecutivo o prémio SuperBrand.
Os prémios brutos emitidos atingiram em 2010 um volume de 136.350 milhares de euros, uma variação positiva de 13,8% comparativamente com o ano anterior, significativamente superior ao mercado, que cresceu cerca de 6,4% no ramo Doença.
O crescimento da carteira core da Médis permitiu consolidar a segunda posição no ramo. Por seu lado, os custos líquidos com sinistros, cifraram-se em 101.044 milhares de euros, um crescimento de 12,0% face ao ano anterior e evidenciando um decréscimo de 1,7 pontos percentuais na taxa de sinistralidade face ao ano 2009, situando-se em 74,3% ainda assim bastante abaixo do mercado.
O resultado técnico totalizou 5.650 milhares de euros, um aumento de 3.894 milhares de euros face ao exercício anterior e um rácio de 4,1% sobre os prémios brutos emitidos. O principal factor para o aumento do resultado técnico foi o facto de as indemnizações líquidas de resseguro cresceram 10.843 milhares de euros, enquanto os prémios líquidos adquiridos cresceram 17.072 milhares de euros. Os gastos administrativos situaram-se nos 8.591 milhares de euros. Tal representa um acréscimo de 11,1% face a 2009.
Face à melhoria do resultado técnico e ao ligeiro crescimento dos custos administrativos, o resultado antes de impostos da Médis cresceu face ao exercício anterior, ficando nos 5.857 milhares de euros. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 4.148 milhares de euros. O rácio combinado situou-se nos 93,3%, uma melhoria de 1,6 pontos percentuais face a 2009, como resultado da melhoria da taxa de sinistralidade.
O activo líquido da Médis cifrou-se em 77.015 milhares de euros e o capital próprio em 32.514 milhares de euros, uma taxa de crescimento positiva de 8,4% face ao exercício anterior, explicada essencialmente por um aumento nos Resultados Líquidos.
A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 42,2%. O rácio de solvência situou-se em 142%, no entanto, em 2010 não será efectuada distribuição de dividendos, reforçando-se os capitais próprios da companhia para os desafios futuros.
A Millenniumbcp Ageas opera no mercado de fundos de pensões através da sociedade gestora Pensõesgere, baseando a sua actividade na qualidade da informação prestada, no acompanhamento permanente e na resposta atempada às solicitações dos seus Clientes, tendo, em 2010, reforçado a sua posição de liderança no mercado dos fundos de pensões.
De realçar os principais acontecimentos em 2010:
Reforço da posição de liderança do mercado de fundos de pensões com uma quota de mercado de 34,2%;
Activos sob gestão no valor de 6.718 milhões de euros, o que traduz um decréscimo de 5,3% face a 2009 e que compara com um decréscimo de 10,4% no mercado de fundos de pensões;
Os Fundos de Pensões geridos pela Pensõesgere apresentaram em 2010 performances com grande diferenciação, em média positivas mas com um valor médio pouco expressivo, de forma que os rendimentos gerados foram inferiores aos fluxos de saída resultantes do pagamento pensões;
Manutenção da oferta de fundos de pensões abertos com três perfis de risco alternativos; Consolidação do site da Pensõesgere como instrumento de comunicação com os seus Clientes, tanto com as empresas como com os seus colaboradores;
Obtenção de um resultado líquido de 4.847 milhares de euros, a que corresponde a um ROE médio de 24,6%.
No final de 2010 a Pensõesgere tinha 6.717 milhões de euros de activos sob gestão, que representavam um decréscimo de 5,1% face a 2009, em resultado da conjugação do valor reduzido das performances e do elevado nível de maturidade dos fundos de pensões que gere.
No entanto, o decréscimo de 10,4% verificado no conjunto da actividade do sector permitiu que a Pensõesgere reforçasse a sua quota de mercado para 34,2% que traduz um acréscimo de mais 1,7% face a 2009.
Numa filosofia integrada de aproveitamento das sinergias do Grupo, a Pensõesgere manteve o relacionamento com as redes bancárias de empresas do Millennium bcp – corporate e Empresas – através de acções concertadas de promoção de negócios na área de "Employee Benefits". No que diz respeito aos fundos PPR, o valor sob gestão no final de 2010 atingiu 44,9 milhões de euros, valor inferior em 4,3 milhões de euros ao de 2009.
Este decréscimo resulta do facto de uma parte significativa dos seus Clientes já reunirem as condições para o reembolso. A Pensõesgere mantém uma oferta diversificada de PPR, que é composta pelos seguintes fundos: Præmium S, Præmium V, BNU Vanguarda, Vanguarda e Europa.
Os fundos BNU Vanguarda, Vanguarda e Europa apresentam um perfil de risco intermédio. O Præmium S não investe em acções, enquanto o Præmium V tem uma exposição a acções mais elevada. Os proveitos decorrentes da prestação de serviços no valor de 11.264 milhares de euros registaram uma redução de 3,5% face a 2009, em resultado da redução dos activos sob gestão.
Os custos totais no valor de 4.844 milhares de euros apresentam uma redução de 25% em relação a 2009, o que permitiu que os resultados operacionais tenham aumentado 14,1% face ao orçamento e 6,2% face a 2009. Os resultados líquidos do exercício situaram-se em 4.847 milhares de euros, valor que se encontra em linha com os 4.808 milhares de euros de resultados líquidos em 2009.
A rendibilidade média dos capitais continuou a apresentar um valor interessante com um nível de rendibilidade média de 24,6%. Os capitais próprios totalizaram, em 31 de Dezembro de 2010, 21.802 milhares de euros e a margem de solvência evidenciava um nível de cobertura de 200%.
Em 2009 o mercado segurador registou um decréscimo de 5,0% no volume de prémios de seguro directo e contratos de investimento, face a 2008, o qual foi de 4,4% no ramo Não Vida, fruto do clima de contracção económica que caracterizou o ano e respectivos reflexos negativos nos rendimentos das famílias e resultados das empresas.
A Millenniumbcp Fortis em 2009 continuou a apresentar evoluções ao nível dos prémios acima da média do mercado nacional quer em Vida quer em Não Vida, com um volume de prémios de seguro directo de 2.371 milhões de euros e uma quota de mercado global de 16,3%, representativa de um crescimento de 0,5 pontos percentuais face a igual período de 2008.
No ramo Vida, o volume de prémios de seguro directo situou-se nos 2.163 milhões de euros. É de destacar a excelente evolução dos produtos PPR (incluindo seguros PPR Unit linked) bem como a dos produtos de Capitalização não ligados a fundos de investimento, ilustrando políticas de investimento adequadas ao nível de exigência e das necessidades dos aforradores, que em períodos de menor liquidez na economia são mais propensos a optar por produtos de menor risco.
Nos ramos Não Vida, é de destacar um acréscimo nos prémios de seguro directo de 10,5% face ao ano anterior, facto tanto mais assinalável dado o decréscimo de 4,4% registado no mercado segurador, condicionado, mais uma vez, pela fraca performance da nossa economia e por uma intensa concorrência entre operadores. Em 2009, o resultado líquido consolidado do exercício, antes VOBA ("Value of Business Acquired"), foi de 127,4 milhões de euros, o que compara muito favoravelmente com o resultado líquido de 62,8 milhões de euros obtido no exercício de 2008, e que tinha sido condicionado fortemente pela crise nos mercados financeiros. O resultado líquido consolidado, após VOBA, cifrou-se em 96,8 milhões de euros.
A excelente performance técnica do negócio no exercício em análise, a adopção de uma política prudente ao nível da gestão de investimentos, a diversificação da oferta de produtos e o controlo rigoroso dos custos operativos permitiu atingir o melhor resultado líquido de sempre da Millenniumbcp Fortis. Em 31 de Dezembro de 2009 a estrutura de capitais do grupo Millenniumbcp Fortis apresenta, em termos consolidados, um rácio de solvência de 241%. Em 31 de Dezembro de 2008, o rácio obtido foi de 206%, o que evidencia um acréscimo de 36 pontos percentuais face ao ano anterior.
O novo canal de distribuição de Não Vida – Ocidental - Agentes & Corretores – lançado no início de 2008 para o segmento de PME, que é suportado por uma rede de mediadores profissionais, contribuiu já, no ano de 2009, com um volume de prémios de 22,5 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 247% face ao ano anterior. Ainda ao nível comercial, de realçar a contribuição dos Acordos de Distribuição – parcerias entre a Médis e outras Seguradoras – cuja receita processada atingiu 6,5 milhões de euros em 2009, o que representa um crescimento de 56% face ao ano anterior. A ligeira recuperação económica prevista para 2010 poderá ser o inicio de um novo ciclo, mas pensamos que os efeitos da crise global vão continuar a fazer-se sentir, o crescimento económico será insuficiente, a liquidez da economia continuará a ser reduzida e a volatilidade dos mercados financeiros deverá manter-se.
Os principais objectivos estratégicos que a Millenniumbcp Fortis se propõe alcançar em 2010, enquadram-se dentro do plano de médio e longo prazo delineado em 2005, ano de arranque da operação, assente em quatro pilares: Crescimento; Produtividade; Qualidade e Rentabilidade. Crescimento – O principal objectivo continuará a ser aumentar de forma sustentada a taxa de penetração na base de Clientes do Millennium bcp. Manter-se-á o enfoque na inovação e renovação da oferta de produtos Vida e Não Vida e no alargamento a novos segmentos de Clientes, com o objectivo de melhorar continuamente a proposta de valor.
Na área de Agentes e Corretores o objectivo continua a ser o de ganhar massa critica e deste modo contribuir de forma activa para a diversificação da estrutura global da carteira da Millenniumbcp Fortis. Produtividade – O enfoque manter-se-á no desenvolvimento de processos, automatismos e níveis de controlo, que permitam uma melhoria continuada e sustentada dos níveis de serviço e consequentemente um aumento da eficiência e da eficácia das várias áreas da empresa. Uma das principais prioridades continuará a ser a consolidação e reformulação das operativas e das ferramentas de suporte das áreas de front-office e back-office, destacando-se a implementação de um novo sistema informático de suporte ao negócio do ramo Vida e a consolidação das plataformas técnicas.
No final de 2009 foi lançado um Programa transversal a toda a organização, que será desenvolvido durante o exercício de 2010, designado por M4 com o objectivo de Melhorar a produtividade, Melhorar a rentabilidade, Melhorar os níveis de serviço e Melhorar a motivação.
Qualidade – A melhoria sustentada da qualidade do serviço prestado a Clientes Externos e Clientes Internos continuará a ser uma das principais prioridades.
Pretende-se, através de metodologias e práticas comuns ao Millennium bcp, monitorizar e controlar a qualidade do serviço prestado de modo a que, de forma concertada, possamos actuar no sentido de aumentarmos progressivamente os níveis de satisfação e fidelização dos nossos Clientes. Os indicadores de satisfação, tanto ao nível dos Clientes externos como internos, continuaram a evoluir muito favoravelmente em 2009, mas sabemos que podemos, e devemos, continuar a melhorar.
Rentabilidade - É uma consequência dos três pilares anteriores e o objectivo é o de garantir níveis de remuneração atractivos e sustentados para os nossos Accionistas. Por isso, o ano de 2010 será sem dúvida mais um ano extremamente difícil e exigente do ponto de vista da gestão, mas será também mais um ano de oportunidades para aqueles que estão melhor preparados, e estamos convictos que é o caso da Millenniumbcp Fortis.
Em 2009 o mercado segurador registou um decréscimo de 5,0% no volume de prémios de seguro directo e contratos de investimento, face a 2008, o qual foi de 4,4% no ramo Não Vida, fruto do clima de contracção económica que caracterizou o ano e respectivos reflexos negativos nos rendimentos das famílias e resultados das empresas.
Foi neste contexto que a Ocidental Seguros obteve uma performance significativamente acima da média do mercado, com um crescimento de prémios de seguro directo de 10,9% em Não Vida. Com estes resultados a Ocidental Seguros ganhou 0,7 p.p. de quota de mercado, estando no 7º lugar do ranking nacional.
O crescimento generalizado das várias linhas de negócio em Não Vida, traduz um ano activo em acções comerciais. A principal linha de negócio continua a ser o ramo Doença, onde os seguros de Saúde Médis cresceram 16,4% (o ramo Doença na globalidade cresceu 3,5%), tendo a Millenniumbcp Fortis ganho 1,4 p.p. de quota de mercado, encurtando a distância para o líder de mercado que perdeu 1,5 p.p.
A inovação e o desenvolvimento de novos produtos continua a ser um dos objectivos estratégicos da Seguradora. Deste modo, foi renovada a oferta do Seguro Automóvel, o que contribuiu para a obtenção de 22.472 milhares de euros de prémios de seguro directo, ou seja um crescimento de 18,7% deste ramo face a 2008.
Foi ainda lançado o Plano Protecção Habitação, associado ao Crédito Habitação e integrado no aplicativo de subscrição respectivo, o qual veio reforçar esta linha de negócio e adicionar valor aos seguros associados a cada operação de crédito.
Destaca-se ainda, em contra-ciclo com o decréscimo da venda associada a operações de crédito, o crescimento de 8% de crescimento do ramo Multirriscos, particularmente relevante, dado o tradicional peso da venda associada neste seguro, para o qual foi decisivo o aumento do prémio médio de 6% no Crédito Habitação e de 14% no Leasing, obtido através da promoção, com elevado sucesso, de coberturas de valor acrescentado e essenciais a uma protecção adequada dos nossos Clientes.
Por fim, gostaríamos de destacar o lançamento de um Seguro inovador no mercado, destinado à protecção de animais domésticos, que ultrapassou em vendas os 1.000 contratos em pouco mais de 6 meses. As taxas de penetração de seguros dos Clientes do Millennium bcp continuam elevadas nos produtos associados a Crédito Habitação, no entanto, com ampla margem para crescimento nos seguros associados ao Crédito ao Consumo e às operações de Leasing Automóvel.
Em 2009 foi prosseguida a estratégia já iniciada em 2008 de distribuição multi-canal, visando consolidar o negócio bancassurance e simultaneamente explorar novos canais, por forma a conquistar Clientes aos quais não chega a nossa proposta de valor, através de abordagens comerciais diversificadas, que assegurem à Ocidental Seguros transversalidade de mercado.
O peso dos novos canais de distribuição já é visível em 2009: a Rede de Agentes & Corretores, por exemplo, que foi criada para explorar o segmento de Pequenas e Médias Empresas, ganhou robustez e volume, alcançando 22.542 milhares de euros (+ 247% que no ano de 2008). Foi lançada para esta Rede a marca Ocidental – Agentes & Corretores, cuja estratégia assenta na excelência de serviço e na manutenção de uma forte proximidade entre o distribuidor e a Seguradora, com alta ambição de crescimento.
Pautando como sempre pela excelência do serviço, cumpre destacar no ano, os valores históricos obtidos ao nível da satisfação dos Clientes internos do Millennium bcp, com os serviços da Seguradora. O volume de prémios brutos emitidos atingiram 197.860 milhares de euros, valor que compara favoravelmente com os 178.670 milhares de euros do exercício anterior.
Daqui resulta um crescimento absoluto de 10,7% para o período, quando o mercado apresentou um decréscimo na ordem dos 4,4%. Destacamos pela positiva, o crescimento no volume de prémios dos ramos de Acidentes Trabalho, Automóvel e Doença, fruto de um maior contributo da rede Ocidental Agentes & Corretores para o total Não Vida (10,6%.em 2009).
A sinistralidade, entendida como o rácio entre os custos com sinistros e os respectivos prémios adquiridos, fixou-se nos 57,1%, valor superior ao verificado em 2008 de 51,0%, mas bastante abaixo do mercado, reflectindo a rigorosa política de subscrição prosseguida em 2009. No prosseguimento da política de resseguro da companhia, o custo líquido do resseguro, medido pelos prémios de resseguro cedido, deduzidos das respectivas comissões, diminuiu para 56,1% dos prémios brutos emitidos neste exercício, face aos 62,3% de 2008, como resultado da alteração dos tratados de resseguro de Automóvel e Acidentes de Trabalho.
Em 2009, como resultado do aumento dos prémios, da diminuição do custo do resseguro, do bom desempenho da taxa de sinistralidade e de uma melhoria dos rendimentos técnicos do exercício, o resultado técnico aumentou 13,2%, situando-se nos 19.613 milhares de euros, o que corresponde a 9,9% dos prémios brutos emitidos. Os gastos administrativos diminuíram 12,3%, registando 14.018 milhares de euros, o que corresponde a 7,1% dos prémios brutos emitidos face aos 8,9% em 2008. O rácio combinado situou-se nos 76,0%, reflectindo, deste modo, a gestão criteriosa dos sinistros aliada a uma política de controlo rigoroso dos custos administrativos.
A conjugação da evolução da margem técnica e dos custos de exploração, originaram que os resultados antes de impostos se situassem nos 20.132 milhares de euros, 10,2% dos prémios brutos emitidos. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 14.465 milhares de euros.
O activo líquido da Ocidental Seguros cifrou-se em 220.696 milhares de euros e o capital próprio em 44.839 milhares de euros, um crescimento de 22,7% face ao exercício anterior. A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 20,3%. O rácio de solvência situou-se em 261%.
Em 2009 o mercado segurador registou um decréscimo superior a 5% no volume de prémios de seguro directo e contratos de investimento, face a 2008, fruto do clima de contracção económica que caracterizou o ano e respectivos reflexos negativos nos rendimentos das famílias e resultados das empresas.
Foi neste contexto que a Ocidental Vida obteve uma performance significativamente acima da média do mercado, com um decréscimo de apenas 3,4% em Vida. Com esta performance a Ocidental Vida recuperou a 2ª posição do mercado. A solidez e desempenho da Ocidental Vida foram assinalados em 2009 (com base nos resultados de 2008) pela revista Exame, que lhe atribuiu o prémio de Melhor Grande Seguradora Vida. Os resultados traduzem a excelente performance comercial de 2009, que alcançou valores históricos em linhas de negócio como o PPR (incluindo Unit linked PPR): 537 milhões de euros assinalaram o melhor ano de sempre em seguros PPR.
Tal deve-se ao posicionamento dado a este produto, colocando-o como uma solução de reforma mas também de investimento, quer para individuais, quer para empresas, o que permitiu alcançar com sucesso dois objectivos: uma venda contínua ao longo do ano (46% das vendas do canal bancassurance foram efectuadas no 1º quadrimestre), eliminando pela primeira vez a tradicional sazonalidade deste produto, e o objectivo de colocação de volumes significativos.
Proporcionando excelência de produto e de serviço, o lançamento de soluções inovadoras em PPR como a Solução Especial Investimento (SEI), a Nova Solução Investimento (NSI) e a Solução Investimento Reforma (SIR), permitiram só por si alcançar vendas de 237,5 milhões de euros. A inovação deste produto, ocorreu também na componente de canais, através do lançamento do PPR.net - o primeiro produto de venda exclusiva na internet, disponível através do site millenniumbcp.pt, que resultou na colocação de 1,5 milhões de euros em cerca de um mês.
Ao nível dos produtos de capitalização (seguros não ligados a fundos de investimento) verificou-se um crescimento expressivo de 63%, em relação a 2008, com um volume de 463 milhões de euros, performance excepcional que compara com um crescimento de apenas 5,2% do mercado.
O lançamento de séries de soluções diversificadas e competitivas, quer para individuais quer para empresas, como o Poupança 112, 115, 120 e Poupança 125, bem como uma abordagem comercial segmentada de Clientes e necessidades, traduzida, por exemplo, no Jovem Aforro ou no Poupança Vida, foram marcos que permitiram esta performance.
Subindo duas posições no ranking, a Ocidental Vida fechou 2009 como líder destacada de mercado em seguros Unit linked, com 35% de quota de mercado. O volume de entregas atingiu os 976 milhões de euros, fruto da conjugação de propostas atractivas com um time to market de 3 dias, que se traduziu no lançamento de 27 produtos Unit linked ao longo do ano.
A performance alcançada conduziu ao aumento de 1,3 p.p. na taxa de penetração de seguros financeiros no total de recursos dos Clientes do Millennium bcp, resultado do posicionamento estratégico dado aos seguros financeiros desde o início do ano, integrando-os no portfólio de produtos do "Cabaz de Recursos" do Banco. Esta excelente performance é ainda mais relevante na medida em que foi efectuada sem recorrer a campanhas com visibilidade para os Clientes, com excepção do PPR.
O ano 2009 foi particularmente difícil para os seguros de Vida Risco, traduzido no impacto negativo nas vendas de seguros associados a operações de crédito (habitação ou pessoal), dado o contexto económico vivido e a diminuição da concessão de crédito. Apesar deste cenário, as taxas de penetração mantiveram-se em níveis de benchmark europeus. Seguindo a estratégia iniciada em 2008, este impacto negativo foi compensado pelo aumento das vendas de seguros stand-alone, pelo incremento do prémio médio dos seguros de Vida Risco stand-alone e Crédito Habitação.
Campanhas como o Protecção Vida, permitiram alcançar vendas de 13.621 contratos, ou seja, mais 6,4% que no ano transacto. A taxa de penetração de seguros nos Clientes do Millennium bcp continua a crescer de forma sustentada em vida, existindo ampla margem de crescimento. Pautando como sempre pela excelência do serviço, cumpre destacar no ano os valores históricos obtidos ao nível da satisfação dos Clientes internos do Millennium bcp, com os serviços da seguradora.
2009 foi um ano em que a Millenniumbcp Fortis consolidou a sua posição no mercado, num contexto económico particularmente adverso, demonstrando a sua solidez e dinamismo comercial. A aposta permaneceu na obtenção de rentabilidade, através da captação e retenção de negócio, traduzida numa carteira equilibrada, proporcionando um serviço de excelência que reforçou os níveis de satisfação e lealdade de Clientes, internos e externos.
A resultado técnico do ramo Vida situou-se em 2009 nos 122.275 milhares de euros, evidenciando um crescimento de 215% relativamente aos 38.840 milhares de euros verificados no período homólogo de 2008, ano que foi fortemente penalizado pelo impacto negativo das perdas decorrentes da crise financeira. Registou-se este ano uma evolução muito favorável ao nível da componente financeira do negócio, com reflexos positivos nos resultados em geral e em particular ao nível dos produtos de Capitalização e PPR, não ligados a fundos de investimento. O maior contributo relativo para o resultado da companhia continua a ser proporcionado pelos produtos de Risco, cuja rentabilidade se baseia em políticas e práticas de subscrição rigorosas e uma superior capacidade de controlo de custos.
A obtenção de um rácio de despesas de 0,80%, aliado a um crescimento significativo do resultado técnico, revelam a gestão criteriosa e adequada que permitiu minimizar os efeitos adversos dos mercados de capitais. Os gastos administrativos, por seu lado, atingiram os 16.141 milhares de euro, evidenciando um aumento moderado de 2,4% face ao período homólogo.
A evolução favorável da margem financeira, apoiada por uma política prudente a nível da gestão de investimentos, a excelente performance técnica do negócio, a oferta diversificada e inovadora de soluções para os clientes e o controlo rigoroso ao nível dos custos operativos justificam o acréscimo de 178% nos resultados antes de impostos, que atingiram em 2009 os 142.457 milhares de euros. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 104.859 milhares de euros.
Ao nível da situação patrimonial é de referir que o activo líquido atingiu os 12.455.906 milhares de euros, o que resulta num acréscimo de 17% em relação ao ano anterior. A situação líquida da Ocidental Vida situou-se nos 594.472 milhares de euros, ou seja um acréscimo de 40% em relação ao ano anterior, a que corresponde um rácio de solvência de 229%.
Em 2009 o mercado segurador registou um decréscimo de 5,0% no volume de prémios de seguro directo e contratos de investimento, face a 2008, o qual foi de 4,4% no ramo Não Vida, fruto do clima de contracção económica que caracterizou o ano e respectivos reflexos negativos nos rendimentos das famílias e resultados das empresas.
Médis prosseguiu em 2009 o objectivo estratégico de crescer sustentadamente em número de pessoas seguras assegurando a rentabilidade do negócio. Em simultâneo cimentou a sua representatividade junto da rede de prestadores, fechando acordos com os novos players que surgiram no mercado, garantindo a dimensão e qualidade da sua rede de prestadores - uma mais-valia determinante junto do mercado.
Cumprido o exercício, a Médis readquiriu o volume de pessoas seguras a que se tinha proposto desde a venda de parte da carteira em 2005, sendo de realçar:
Um crescimento de 16,7% dos Seguros Médis da Millenniumbcp Fortis (o ramo doença na globalidade cresceu 3,5%), que ganhou 1,4pp de quota de mercado e encurtou a distância para o líder de mercado que perdeu 1,5 pp;
430.000 pessoas seguras sob gestão no final do exercício, sendo já visível o peso dos novos canais de distribuição – por exemplo, a Rede de mediação Agentes & Corretores, especialmente dedicada ao sector das PME's, representa já 11% do portfolio de pessoas seguras (49.109 pessoas seguras).
O Millennium bcp continua a ser o canal mais representativo, atraindo cerca de 47.000 novas pessoas seguras; O enfoque na rentabilidade do negócio, tendo encerrado o exercício em análise com um resultado líquido de 1,3 milhões de euros;
A Médis continua a dispor da mais extensa, capilar e completa rede de prestadores de cuidados de saúde em Portugal, com cobertura em todo o território continental e regiões autónomas, além de ter acordos com hospitais e clínicas em Espanha, que funcionam como integrados na rede nacional;
A aposta num serviço de excelência – as conclusões do estudo da marca, solicitado pela Médis à Nielsen Company e que abrangeu o mercado potencial, os Clientes e ex-Clientes, os Distribuidores e os Prestadores de Cuidados de Saúde, indicou que a Médis é a líder percebida do mercado, com índices de satisfação e de recomendação de excelência, provenientes de todos stakeholders.
Os prémios brutos emitidos atingiram em 2009 um volume de 119.778 milhares de euros, uma variação positiva de 16,7% comparativamente com o ano anterior, significativamente superior ao mercado, que cresceu cerca de 3,8% no ramo Doença.
O crescimento da carteira core da Médis permitiu consolidar a segunda posição no ramo. Por seu lado, os custos líquidos com sinistros, cifraram-se em 90.202 milhares de euros, um crescimento de 23,0% face ao ano anterior e evidenciando um acréscimo de 4,2 pontos percentuais na taxa de sinistralidade face ao ano 2008, situando-se em 75,9% ainda assim bastante abaixo do mercado.
O resultado técnico totalizou 1.756 milhares de euros, uma diminuição de 1.815 milhares de euros face ao exercício anterior e um rácio de 1,5% sobre os prémios brutos emitidos. O principal factor para a diminuição do resultado técnico foi o facto de as indemnizações líquidas de resseguro cresceram 16.874 milhares de euros, enquanto que os prémios líquidos adquiridos cresceram 16.403 milhares de euros.
Os gastos administrativos situaram-se nos 7.732 milhares de euros. Tal representa um acréscimo de 2,5% face a 2008. Face à deterioração do resultado técnico e ao ligeiro crescimento dos custos administrativos, o resultado antes de impostos da Médis decresceu face ao exercício anterior, ficando nos 2.001 milhares de euros. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 1.282 milhares de euros.
O rácio combinado situou-se nos 94,9%, uma deterioração de 1,7 pontos percentuais face a 2008, como resultado do crescimento da taxa de sinistralidade bruta. O activo líquido da Médis cifrou-se em 66.136 milhares de euros e o capital próprio em 29.993 milhares de euros, uma taxa de crescimento negativa de 2,9% face ao exercício anterior, explicada essencialmente por uma diminuição nos Resultados Líquidos.
A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 45,4%. O rácio de solvência situou-se em 148%, no entanto, em 2009 não será efectuada distribuição de dividendos, reforçando-se os capitais próprios da companhia para os desafios futuros.
A Millenniumbcp Fortis opera no mercado de fundos de pensões através da sociedade gestora Pensõesgere, baseando a sua actividade na qualidade da informação prestada, no acompanhamento permanente e na resposta atempada às solicitações dos seus Clientes, tendo, em 2009, mantido a sua posição de liderança com 32,5% de quota de mercado.
Em resultado da sua actuação, a Pensõesgere demonstrou em 2009 um desempenho positivo ao atingir 7.093 milhões de euros em activos sob gestão, que representa um crescimento de 2,8%, o qual compara com um decréscimo de 7,1% verificado em 2008. Numa filosofia integrada de aproveitamento das sinergias do Grupo, a Pensõesgere manteve o relacionamento com as redes bancárias de empresas do Millennium bcp – corporate e Empresas – através de acções concertadas de promoção de negócios na área de "Employee Benefits".
No decorrer do exercício em análise, foram reforçadas várias iniciativas para o desenvolvimento das ferramentas informáticas especificas da Pensõesgere com o objectivo de melhorar a produtividade e qualidade do trabalho, bem como para permitir responder à crescente quantidade de informação a fornecer aos Participantes e Beneficiários dos fundos de pensões.
Durante o ano 2009, foram enviados por correio, para a generalidade dos Participantes dos fundos de pensões, extractos individuais com informação sobre a rendibilidade, nível de financiamento e o valor dos respectivos "direitos em formação". Ne sequência de ter passado a ser certificada em 2008 como "GIPS Compliant" (Global Investment Performance Standards), foi realizado em 2009 um processo de reverificação de forma a assegurar esta classificação.
Durante o mês de Abril de 2009, realizou-se o primeiro inquérito global à satisfação dos Clientes, o qual permitiu ter uma noção mais clara sobre a forma como os interlocutores da Pensõesgere nas empresas suas clientes percepcionam os serviços que lhes são prestados e quais são as suas expectativas.
Este estudo inicial, mais do que permitir retirar uma medida quantitativa, permitiu estabelecer o ponto de partida para a monitorização continuada da satisfação dos Clientes e para o lançamento de projectos de melhoria de qualidade. No final de 2009, o volume total de activos geridos, repartidos por 31 fundos fechados, 4 fundos abertos e 5 fundos abertos PPR, atingiu 7 093 milhões de euros, traduzindo um aumento 193 milhões de euros face a 2008, o que representa um crescimento de 2,8%.
O total dos 38 fundos fechados totalizou 6 960,9 milhões de euros, a que correspondeu um aumento de 199,5 milhões de euros face a 2008. Quanto aos fundos abertos o volume de activos sob gestão situou-se em 83 milhões de euros o que, apesar da captação de alguns Clientes novos e das boas valorizações, representa uma redução de 5,5 milhões de euros face a 2008.
No que diz respeito aos fundos PPR, o valor sob gestão no final de 2009 atingiu 49,2 milhões de euros, valor inferior em 2,9 milhões de euros ao de 2008. Este decréscimo resulta do facto de uma parte significativa dos seu Clientes já reunirem as condições para o reembolso.
A Pensõesgere mantém uma oferta diversificada de PPR, que é composta pelos seguintes fundos: Præmium S, Præmium V, BNU Vanguarda, Vanguarda e Europa. Os fundos BNU Vanguarda, Vanguarda e Europa apresentam um perfil de risco intermédio. O Præmium S não investe em acções, enquanto o Præmium V tem uma exposição a acções mais elevada.
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços no valor de 11.673,0 milhares de euros registaram uma redução de 2,8% face a 2008, em resultado da diminuição de proveitos com a gestão de PPR e com as actividades de outras prestações de serviços. Os custos operacionais com 6.302,9 milhares de euros apresentam uma redução de 1,1% em relação a 2008.
A redução dos custos operacionais ficou a dever-se à redução de 10,3% dos custos com pessoal e de 26,0% dos impostos e só não foi mais expressiva devido aos custos com fornecimentos e serviços externos, decorrente fundamentalmente da gestão de activos, que aumentaram 8,6%.
Os resultados líquidos do exercício situaram-se em 4.807,7 milhares de euros, valor que compara com 4.313,9 milhares de euros em 2008, representando um crescimento de 11,5%. A rendibilidade média dos capitais continuou a apresentar um valor interessante com um nível de rendibilidade média de 28,7%, que traduz um incremento de 1,3% face ao valor registado em 2008.
Os capitais próprios totalizaram, em 31 de Dezembro de 2009, 17 012,2 milhares de euros e a margem de solvência apresentou um nível de cobertura de 219%.
Em 2008, a Millenniumbcp Fortis apresentou crescimentos acima da média do mercado nacional tanto em Vida como em Não Vida, com um volume de prémios de seguro directo de 2.426 milhões de euros. No Ramo Vida, o volume de prémios de seguro directo situou-se nos 2.238 milhões de euros, registando um expressivo crescimento de 29% face ao ano anterior.
É de destacar a evolução dos produtos PPR, cujos prémios mais do que duplicaram face ao ano anterior, e a evolução dos produtos Unit-Linked com um significativo aumento de 44%. De salientar, ainda, o facto de o mercado apresentar para os mesmos ramos crescimentos de 45% e 25%, respectivamente.
No ramo Não Vida, é de destacar um acréscimo nos prémios de seguro directo de 8% face ao ano anterior, facto tanto mais assinalável dado o decréscimo de 1% registado no mercado segurador, condicionado pela fraca performance da nossa economia e por uma intensa concorrência entre operadores.
Em 2008, o resultado líquido consolidado do exercício, antes VOBA ("value of business acquired"), foi de 63 milhões de euros. A crise que se fez sentir nos mercados financeiros, em especial na segunda metade do ano, condicionou fortemente a componente financeira do negócio, reflectindo-se negativamente na evolução do resultado líquido.
A excelente performance técnica do negócio no exercício em análise, a adopção de uma política prudente ao nível da gestão de investimentos, a diversificação da oferta de produtos e o controlo rigoroso dos custos operativos permitiu ainda assim atenuar o impacto negativo da componente financeira na conta de exploração. O rácio de solvência manteve-se muito acima do exigido pela entidade de supervisão.
Em Não Vida, destaca-se a obtenção de um rácio combinado de 80,3%, sem paralelo no mercado português, reflexo da excelente performance técnica e do rigoroso controlo de custos. Nos ramos Vida, a obtenção de um rácio de despesas de 0,83%, aliado a um crescimento significativo da margem técnica de todos os produtos, se excluirmos o impacto extraordinário da função financeira, revelam a gestão criteriosa e adequada que permitiu minimizar os efeitos adversos dos mercados de capitais. A série sucessiva de acontecimentos que marcou 2008, superou, pela sua dimensão, as expectativas da generalidade dos agentes económicos atingindo de forma particularmente gravosa o sector financeiro e estendendo-se progressivamente a todos os países e sectores de actividade.
Num contexto de adversidade, pode, no entanto, dizer-se que os principais objectivos estratégicos que a Millenniumbcp Fortis se propôs alcançar foram amplamente atingidos; falamos de um plano de médio e longo prazo que assenta em quatro pilares: Crescimento, Produtividade, Qualidade e Rentabilidade.
Crescimento – Foram ultrapassados pela primeira vez na história da Ocidental Vida os 1.000 milhões de euros de prémios de produtos Unit-Linked , meta alcançada a 14 de Agosto de 2008. É o resultado visível do investimento na valência de desenvolvimento de produtos feita ao longo dos últimos três anos, que permite proporcionar aos Clientes dos diversos segmentos, soluções de investimento adequadas, a todo o momento, às exigências do mercado;
O volume de prémios dos produtos PPR foi o melhor de sempre, consequência do esforço comercial efectuado desde o início de 2008 e, aqui também, da capacidade de desenvolvimento de produtos atractivos, adaptados aos diversos segmentos de mercado; O crescimento das vendas de produtos Médis, fruto da inovação da oferta, da diversificação de canais de distribuição, na abordagem criteriosa dos diversos segmentos (com destaque para as empresas) e na aposta consistente na promoção da marca, consolidou esta empresa como líder incontestada em notoriedade no seu segmento ao longo de mais de uma década;
O lançamento de novos produtos de risco de venda activa no canal bancário (Vida e Não Vida), contribuiu para a manutenção do crescimento sustentado da taxa de penetração dos seguros na base de Clientes do banco, desde há anos em níveis de excelência que constituem benchmarks internacionais;
O lançamento do novo canal de negócio direccionado ao segmento de PME, assente numa rede criteriosamente seleccionada de agentes e corretores, proporcionou já um contributo visível na produção da Ocidental Seguros.
Produtividade - É um processo continuo e transversal a todo o Grupo que tem como objectivo o desenvolvimento de processos, automatismos e níveis de controlo, que permitam uma melhoria continuada e sustentada dos níveis de serviço e, consequentemente, um aumento da eficiência e eficácia das várias áreas da empresa.
Manteve-se o esforço de optimização do modelo de negócio de referência, assente no canal de bancassurance; a renovação efectuada ao nível da oferta de produtos permite que actualmente cerca de 60% da produção nova seja proveniente de novos produtos.
Qualidade - Continuação da integração dos processos de venda e de serviço pós-venda nos aplicativos do Millennium bcp, com um aumento bastante significativo (e reconhecido) da qualidade do serviço prestado, tanto aos Clientes internos como externos.
A melhoria da qualidade de serviço ao longo dos últimos anos está bem patente na evolução do índice global de satisfação do banco com os serviços prestados pela Millenniumbcp Fortis que passou de cerca de 60%, no inicio de 2005, para 71,4%, no final de 2008.
Rentabilidade - É uma consequência dos três pilares anteriores e o objectivo é o de garantir níveis de remuneração atractivos e sustentados para os nossos accionistas.
Em 2009, a Millenniumbcp Fortis procurará manter elevados níveis de qualidade e inovação, aumentar a motivação e produtividade dos colaboradores, prosseguindo o desenvolvimento de uma estratégia de crescimento sustentada, apoiada no desenvolvimento de produtos de qualidade e servida pelo recurso às mais modernas tecnologias de comunicação e de informação, de modo a reforçar a sua posição no mercado segurador.
No exercício de 2008, a Ocidental Seguros conseguiu aumentar o volume de prémios de seguro directo, ultrapassando o desempenho do mercado: a receita total cresceu 7,1%, que compara com uma variação negativa do mercado de 1,3%.
Em produtos de Venda Activa, o foco nos pilares estratégicos de inovação de produto-mercado e da distribuição multi-canal continuou a produzir resultados bem visíveis.
O número de campanhas com objectivos comerciais no Millennium bcp foi um importante motor para o crescimento do negócio em venda activa: o ano de 2008 registou três vezes mais campanhas do que 2007. A taxa global de anulação aumentou ligeiramente, devido ao ambiente económico recessivo (menor rendimento disponível).
As vendas activas de Acidentes Pessoais cresceram 50%, em termos de número de contratos, devido às melhorias da oferta de produto, e impulsionadas pelo dinamismo comercial do Banco, com bons resultados nas campanhas comerciais. O prémio médio cresceu 32%.
O Ramo Saúde cresceu muito acima do mercado em prémios de seguro directo (13%, comparado com os 9% do mercado), com múltiplos canais de distribuição e a força da marca Médis contribuindo positivamente para este resultado. No que respeita à Venda Associada a produtos bancários, as taxas de penetração, já ao nível das melhores práticas europeias, conseguiram registar um crescimento sustentado, compensando parcialmente o decréscimo de volume dos produtos bancários (especialmente crédito habitação), aumento de pricing e ambiente económico recessivo.
Apesar do abrandamento de volume, os indicadores de negócio foram muito positivos: o prémio médio de produtos de protecção ao crédito cresceu 6%, como consequência directa do aumento dos montantes financiados e da duração dos contratos de crédito pessoal, e as taxas de penetração mantiveram-se ao nível das melhores práticas europeias, com processos alinhados e foco comercial que levaram a uma subida de 0,6% para 82,3% em Multiriscos.
Alargar o modelo bancassurance para clientes individuais já tinha provado não ser suficiente para atingir os ambiciosos objectivos da Millenniumbcp Fortis.
A melhor alternativa para expandir o negócio em Não Vida foi desenvolver um novo canal de distribuição, direccionado para novos segmentos, evitando assim uma sobreposição de clientes e custos redundantes. Um canal de Agentes e Corretores que abordasse o mercado Não Vida de Clientes Empresa foi a forma encontrada para incrementar o volume de prémios e resultados a médio prazo. Os primeiros resultados apareceram ao longo de 2008, com os volumes de prémios a chegarem perto dos 7,8 milhões de euros, maioritariamente concentrados na Saúde (6,5 milhões de euros).
O potencial deste novo canal é elevado, bem como a ambição comercial, com um portal de serviço disponível a partir de 2009 e com os Agentes e Corretores a ficarem mais firmemente ligados à Companhia. Melhorar o serviço para atingir uma operativa de excelência foi uma das metas estratégicas de 2008.
Como consequência de um alinhamento melhorado entre front & back office, do estabelecimento de níveis de serviço ainda mais ambiciosos, os níveis de satisfação dos Clientes internos e finais não inflectiram a tendência crescente. O efeito combinado de níveis de serviço atingidos pelo Centro de Contactos e o crescente empenho da estrutura comercial da Companhia em apoiar o esforço de vendas do Banco colocou os níveis de satisfação internos num nível histórico.
O volume de prémios de seguro directo atingiu 178.408 milhares de euros, valor que compara favoravelmente com os 166.605 milhares de euros do exercício anterior.
Daqui resulta um crescimento absoluto de 7,1% para o período, quando o mercado apresentou um decréscimo na ordem dos 1,3%. A sinistralidade, entendida como o rácio entre as indemnizações, antes de custos imputados, e os respectivos prémios adquiridos, fixou-se nos 49,8%, valor superior ao verificado em 2007 de 46,0% mas bastante abaixo do mercado, reflectindo a rigorosa política de subscrição prosseguida em 2008.
No prosseguimento da política de resseguro da companhia, o custo líquido do resseguro, medido pelos prémios de resseguro cedido, deduzidos das respectivas comissões, diminuiu para 62,3% da receita processada de prémios neste exercício, face aos 62,8% de 2007. Em 2008, apesar do aumento da receita processada, da diminuição do custo do resseguro e do bom desempenho a nível de sinistralidade, o resultado técnico decresceu 4,7%, situando-se nos 17.326 milhares de euros, o que corresponde a 9,7% dos prémios brutos emitidos.
Tal deve-se à muito acentuada redução dos proveitos financeiros técnicos, em consequência da crise financeira internacional que se instalou nos últimos meses de 2008 e obrigou à realização de menos valias na carteira da companhia. Assim, os proveitos financeiros técnicos do exercício decresceram 581,7% situando-se num custo de 2.417 milhares de euros face ao proveito de 502 milhares de euros registado em 2007. Retirando o efeito dos proveitos financeiros técnicos, o resultado técnico situar-se-ia em 2008 nos 19.743 milhares de euros, um crescimento de 11,7% face a aos 17.682 milhares de euros de 2007.
Apesar da inflação de 2,7% registada em 2008, os gastos administrativos diminuíram 4,8%, registando 15.979 milhares de euros, o que corresponde a 8,9% dos prémios brutos emitidos face aos 10,1% em 2007. O rácio combinado situou-se nos 71,8%, reflectindo, deste modo, a gestão criteriosa dos sinistros aliada a uma política de controlo rigoroso dos custos administrativos.
A conjugação da evolução da margem técnica e dos custos de exploração, bem como a redução da provisão para créditos de cobrança duvidosa no exercício, originaram que os resultados antes de impostos se situassem nos 20.707 milhares de euros, 11,6% da receita processada e 1.580 milhares de euros acima do valor de 2007. O resultado líquido após impostos cifrou-se em 14.440 milhares de euros.
O activo líquido da Ocidental Seguros cifrou-se em 252.127 milhares de euros e o capital próprio em 36.532 milhares de euros, um crescimento de 24,7% face ao exercício anterior. A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 14,5%. O rácio de solvência situou-se em 234%, no entanto, tendo em conta a proposta de aplicação de resultados apresentada e, após distribuição de dividendos, este mesmo rácio situou-se em 175% em 2008.
Mesmo num enquadramento económico negativo, a Ocidental Vida conseguiu aumentar o volume de prémios, ultrapassando o desempenho do mercado.
A receita total (incluindo produtos Unit-Linked ) cresceu 29%, que compara com os 17% de crescimento do mercado. O ano de 2008 foi marcado por volumes históricos em produtos de investimento, uma linha de negócio onde a Millenniumbcp Fortis tem uma oferta vasta e equilibrada.
A Companhia, com base nas suas reconhecidas capacidades de inovação, tem vindo a apresentar soluções de produto que se adequam permanentemente às condições de mercado. Novamente sem campanhas de visibilidade nos media ou nas Sucursais do Millennium bcp, os produtos de Unit-Linked demonstraram um dinamismo comercial notável. Esta linha de negócio atingiu o maior registo de vendas de sempre, com um volume de 1.235 milhões de euros, e um aumento de 44% em relação a 2007. Os fatores chave de sucesso foram a inovação de produto/mercado, a abordagem segmentada, a competitividade de produto assegurada pelas melhores condições disponíveis (sempre com uma margem sustentada), a entrega nas vendas (com o compromisso Banco/Seguradora em objectivos comerciais) e, este ano novamente, retenção da carteira. Efectivamente, durante o exercício em análise, foram lançados diversos novos produtos, com a Companhia a oferecer uma ampla gama de soluções, adaptáveis ao perfil de risco e às expectativas de retorno de todos os segmentos de Clientes do Millennium bcp, incluindo no Private Banking. Beneficiando de um time-to-market de novos produtos de apenas 3 dias, desde a ideia inicial até à comercialização, a Companhia conseguiu assegurar um fornecimento contínuo de soluções, adequadas às condições do mercado ao longo de todo o ano e oferecendo séries especiais e soluções de investimento à medida de clientes com necessidades específicas. No que respeita aos produtos PPR, o crescimento relativamente a 2007 foi de 108%, com a Companhia a registar o melhor ano de sempre, mais que duplicando o crescimento de mercado (44%). A evolução de volume do PPR derivou de uma concentração permanente em entregar resultados ao longo de todo o ano, de um crescimento de 20% nos prémios regulares e do extraordinário sucesso do SEI – Solução Especial Investimento, especialmente concebido para as necessidades de um segmento específico de clientes, conseguindo um volume por si só de 220 milhões de euros. A atractividade da oferta do produto de Unit-Linked e PPR também se reflectiu na taxa de reinvestimento, com 6 em cada 10 clientes a escolherem produtos da Companhia, a maioria deles após 8 anos de permanência, para investir por igual período. O desempenho dos produtos PPR e Unit-Linked compensou o abrandamento nos volumes de Capitalização, com um decréscimo de 39% relativamente ao último ano, apesar da amplitude da oferta, com produtos estrela como o Poupança 125 & Poupança 115 (8 e 5 anos de prazo, respectivamente), tendo a sua própria atractividade comercial sido ensombrada pelos produtos Unit-Linked . O recém lançado Jovem Aforro, um produto direccionado para poupanças regulares garantindo as futuras necessidades dos filhos ou netos dos Clientes, veio mudar o perfil desta linha de negócio, aumentando os prémios regulares em 30%. Nos produtos de investimento, a penetração nos fundos dos Clientes aumentou 1,2pp, de 25,1% para 26,3%. No que respeita a produtos de Risco de Venda Associada, as taxas de penetração, já ao nível das melhores práticas europeias, conseguiram registar um crescimento sustentado, compensando parcialmente o decréscimo de volume dos produtos bancários (especialmente crédito habitação), afectados pelas restrições ao crédito, aumento de pricing e ambiente económico recessivo. Apesar do abrandamento de volume, os indicadores de negócio foram muito positivos: o prémio médio cresceu como consequência directa do aumento dos montantes financiados no Crédito Habitação assim como da duração dos contratos de crédito pessoal, e as taxas de penetração mantiveram-se ao nível das melhores práticas europeias, com processos alinhados e foco comercial que levaram a uma subida de 0,2pp para 99% em Vida Crédito Pessoal, e de 90,9% em Vida Crédito habitação (+1,8pp). Em produtos de Venda Activa, o foco nos pilares estratégicos de inovação de produto-mercado e da distribuição multi-canal continuou a produzir resultados bem visíveis. A venda activa de Vida Risco aumentou 40% e o prémio médio 3%. No que respeita à estrutura dos prémios em 2008 verificaram-se crescimentos nos produtos do tipo Unit-Linked (de 49% em 2007 para 55% em 2008) e em PPR's (de 14% em 2007 para 23% em 2008), tendo os restantes ramos perdido peso comparativamente com o ano anterior. Apesar do forte crescimento das vendas de produtos Unit-Linked , o elevado volume de vencimentos ocorrido em 2008 evitou um crescimento significativo das apólices em vigor do ramo. O número total de apólices em vigor ascendia em, 31 de Dezembro de 2008, a 1.504 milhares representando um acréscimo de 3,7% face às 1.451 mil em vigor em Dezembro de 2007. Verificou-se um crescimento em todos os ramos, com especial destaque para Capitalização com um crescimento de 11% e PPR com um incremento de 6%. O resultado técnico do ramo Vida situou-se em 2008 nos 38.840 milhares de euros, fortemente penalizada pelo impacto negativo das perdas decorrentes da crise financeira. Excluindo este efeito, o resultado técnico teria atingido 163.729 milhões de euros, o que representa um crescimento de 31% face ao período homólogo de 2007. Tal como referido anteriormente, a crise que se fez sentir nos mercados financeiros, em especial na segunda metade do ano, condicionou fortemente a componente financeira do negócio, reflectindo-se negativamente na evolução dos resultados. O maior contributo relativo para o resultado da companhia continua a ser proporcionado pelos produtos de Risco, cuja rentabilidade se baseia em políticas e práticas de subscrição rigorosas e uma superior capacidade de controlo de custos. Apesar da conjuntura económica é ainda de destacar o contributo fortemente positivo para o resultado registado pelos produtos Unit-Linked com um crescimento de 34% face a 2007. A obtenção de um rácio de despesas de 0,85%, aliado a um crescimento significativo da margem técnica, se excluirmos o impacto extraordinário da função financeira, revelam a gestão criteriosa e adequada que permitiu minimizar os efeitos adversos dos mercados de capitais. Os custos e gastos por natureza a imputar, por seu lado, atingiram os 43.318 milhares de euro, evidenciando um aumento de 24% face ao período homólogo, explicado sobretudo pelo acréscimo de despesas financeiras associadas ao forte crescimento da margem dos produtos Unit-Linked . A evolução desfavorável da margem financeira justifica o decréscimo de 62% nos resultados antes de impostos, que atingiram em 2008 os 51.286 milhares de euros (134.971 milhares de euros em 2007). O resultado líquido após impostos cifrou-se em 37.958 milhares de euros. Ao nível da situação patrimonial é de referir que o activo líquido atingiu os 10.633.287 milhares de euros, o que resulta num acréscimo de 6% em relação ao ano anterior. A situação líquida da Ocidental Vida situou-se nos 424.043 milhares de euros, ou seja um acréscimo de 20% em relação ao ano anterior, a que corresponde um rácio de solvência de 191,7%.
No decurso do exercício de 2008, a Médis prosseguiu o cumprimento dos objectivos estratégicos de incremento da rentabilidade do negócio, por via do crescimento do número de pessoas seguras e da garantia da representatividade junto da sua rede de prestadores.
No que respeita ao cumprimento de cada um dos objectivos estratégicos enunciados após a venda de uma parte da carteira em 2005, os resultados do exercício em análise podem ser considerados bastante positivos: Número de Pessoas Seguras:
- A Médis alcançou no final do exercício cerca de 390 mil pessoas seguras sob gestão, das quais perto de 133 mil decorrentes da diversificação de canais de distribuição, consubstanciada na disponibilização de oferta não intermediada a clientes Empresa de média/grande dimensão, e oferta intermediada através dos maiores e mais prestigiados brokers a operar em Portugal. Através do canal Millennium bcp, a Médis atraiu aproximadamente mais 40 mil novas pessoas seguras, um crescimento de 8,1% face ao exercício anterior.
- Representatividade junto da Rede de Prestadores: a Médis continua a dispor da mais extensa, capilar e completa rede de prestadores de cuidados de saúde em Portugal, com cobertura em todo o território continental e regiões autónomas, além de acordos com 13 hospitais e clínicas em Espanha, que funcionam como integrados na rede nacional. A Médis manteve no essencial a dimensão da Rede e, na generalidade, as condições praticadas para os actos e procedimentos médicos garantidos pelas apólices.
- Rentabilidade do negócio: a Médis encerrou o exercício em análise com um resultado líquido de 3.268 milhares de euros. Os prémios brutos emitidos atingiram em 2008 um volume de 102.657 milhares de euros, uma variação positiva de 17,1% comparativamente com o ano anterior, significativamente superior ao mercado, que cresceu cerca de 10,5% no ramo Doença.
O crescimento da carteira core da Médis permitiu consolidar a segunda posição no ramo. Por seu lado, os custos líquidos com sinistros, cifraram-se em 73.327 milhares de euros, evidenciando um acréscimo de 1,8 pontos percentuais na taxa de sinistralidade do ramo Doença face ao ano 2007, mas situando-se ainda assim bastante abaixo do mercado.
O resultado técnico totalizou 3.571 milhares de euros, reflectindo um acréscimo de 5,8% face ao resultado técnico do exercício anterior e um rácio de 3,5% sobre os prémios brutos emitidos. De notar, no entanto, que a variação do resultado técnico face a 2007 foi significativamente limitada pela muito acentuada redução dos proveitos financeiros técnicos, em consequência da crise financeira internacional que se instalou nos últimos meses de 2008 e obrigou à realização de menos valias na carteira da companhia.
De facto, os proveitos financeiros técnicos do exercício decresceram 88,7%, situando-se nos 138 milhares de euros face aos 1.225 milhares de euros registados em 2007. Retirando o efeito dos proveitos financeiros técnicos, o resultado técnico situar-se-ia em 2008 nos 3.433 milhares de euros, um crescimento de 59,6% face a aos 2.151 milhares de euros de 2007.
Os gastos administrativos situaram-se nos 7.541 milhares de euros. Tal representa um acréscimo de 19,3% face a 2007, ano em que se efectuou uma libertação extraordinária de provisões em Despesas de Conservação que reduziu o total desse exercício em 1.125 milhares de euros. Retirando este efeito, os gastos administrativos de 2008 subiriam 1,3% face aos do exercício anterior, o que contrasta com os 2,7% da inflação registada no ano.
O rácio combinado situou-se nos 93,2%, uma melhoria de 16 pontos percentuais face a 2007, continuando a reflectir uma gestão criteriosa dos sinistros aliada a uma política de controlo rigoroso dos custos administrativos.
Apesar do bom desempenho do resultado técnico, o resultado antes de impostos da Médis decresceu face ao exercício anterior, ficando nos 4.717 milhares de euros face aos 6.290 milhares de euros de 2007.
Esta variação negativa deve-se à redução de 1.043 milhares de euros nos proveitos financeiros não técnicos, fruto da crise financeira internacional, e a um decréscimo de 725 milhares de euros no saldo dos Outros Custos e Proveitos Não Técnicos, que em 2007 beneficiaram dos efeitos da Saúde 24 e da libertação de provisões para Juros de Mora relativas a Administrações Regionais de Saúde.
O resultado líquido após impostos cifrou-se em 3.268 milhares de euros. O activo líquido da Médis cifrou-se em 63.155 milhares de euros e o capital próprio em 30.890 milhares de euros, um crescimento de 4,7% face ao exercício anterior.
A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 48,9%. O rácio de solvência situou-se em 175%, no entanto, tendo em conta a proposta de aplicação de resultados apresentada e, após distribuição de dividendos, este mesmo rácio situou-se em 159% em 2008.
A Millenniumbcp Fortis opera no mercado de fundos de pensões através da sociedade gestora Pensõesgere, baseando a sua actividade na qualidade da informação prestada, no acompanhamento permanente e na resposta atempada às solicitações dos seus Clientes, tendo, em 2008, reforçado a sua posição de liderança através da conquista de cerca 1% de quota de mercado.
Em resultado da sua actuação, a Pensõesgere demonstrou em 2008 um desempenho positivo ao evidenciar um decréscimo de 7,1% nos activos sob gestão, o qual foi inferior à evolução média do mercado que se situou num decréscimo de 9,5%, permitindo-lhe assim alcançar uma quota de mercado de 34,1%. Convém ainda referir que este movimento de reforço de quota de mercado tem sido consistente e que, desde 2003, já se traduziu num aumento de 7,1% de quota de mercado.
Numa filosofia integrada de aproveitamento das sinergias do Grupo, a Pensõesgere manteve o relacionamento com as redes bancárias de empresas do Millennium bcp – corporate e Empresas – através de acções concertadas de promoção de negócios na área de "Employee Benefits". No decorrer do exercício em análise, foram lançadas várias iniciativas para o desenvolvimento das ferramentas informáticas especificas da Pensõesgere com o objectivo de melhorar a produtividade e qualidade do trabalho, bem como para permitir responder à crescente quantidade de informação a fornecer aos Participantes e Beneficiários dos fundos de pensões.
Estes processos têm tido também reflexos na melhoria da informação a prestar através de acesso personalizado na Internet.
Para consolidar o posicionamento de mercado da Pensõesgere, e apesar de ter externalizada a função de gestão de investimentos, foi concluído o processo de análise e verificação "GIPS Compliant" (Global Investment Performance Standards), tendo ficado definidos 6 compósitos de investimento alternativos para apresentação ao mercado, três dos quais correspondentes à oferta disponibilizada por fundos de pensões abertos.
- No final de 2008, O volume total de activos geridos, repartidos por 33 fundos fechados, 4 fundos Abertos e 5 fundos abertos PPR, atingiu 6.898 milhões de euros, traduzindo redução de 530 milhões de euros face a 2007, o que representa um decréscimo de 7,1%.;
- O total dos 33 fundos fechados totalizou 6.761 milhões de euros, a que correspondeu um decréscimo de 514,3 milhões de euros, justificado por reduções dos montantes geridos na generalidade dos fundos sob gestão, em resultado das taxas de rendibilidade negativas que se verificaram;
- Quanto aos fundos abertos o volume de activos sob gestão situou-se em 85,5 milhões de euros, o que representa um valor em linha com o verificado em 2007, traduzindo um ligeiro acréscimo do seu peso relativo.
No que diz respeito aos fundos PPR, o valor sob gestão no final de 2008 atingiu 52,1 milhões de euros, sendo inferior em 15,4 milhões de euros ao valor sob gestão em 2007.
Este decréscimo resulta do facto de a Pensõesgere não ter em vigor qualquer protocolo de comercialização activa com redes de distribuição de retalho, e de uma parte significativa dos seu clientes já reunirem as condições para o reembolso. A Pensõesgere mantém uma oferta diversificada de PPR, que é composta pelos seguintes fundos: Præmium S, Præmium V, BNU Vanguarda, Vanguarda e Europa. Os fundos BNU Vanguarda, Vanguarda e Europa apresentam um perfil de risco intermédio.
O Præmium S não investe em acções, enquanto o Præmium V tem uma exposição a acções mais elevada. Os proveitos decorrentes da prestação de serviços no valor de 12.003 milhares de euros registaram uma redução de 7,45%, em linha com a redução dos activos sob gestão. Os custos operacionais com 6.371 milhares de € apresentam um valor igual ao verificado em 2007, tendo contribuído para a sua manutenção a redução no valor dos fornecimentos e serviços externos decorrentes também da redução dos activos sob gestão.
No entanto, os custos financeiros e extraordinários, no seu conjunto com 933 milhares de euros, registaram um crescimento de 583% face a 2007, reflectindo fundamentalmente, imparidades e menos valias verificadas na carteira de investimentos da sociedade. Os resultados líquidos do exercício situaram-se em 4.314 milhares de euros, valor que compara com 5.842 milhares de euros em 2007, representando uma redução de 26,2%.
A rendibilidade média dos capitais, apesar de ter registado uma redução em comparação com o ano de 2007, continuou a apresentar um valor interessante com um nível de rendibilidade média de 27,4%. Os capitais próprios totalizaram, em 31 de Dezembro de 2008, 16.505 milhares de euros e a margem de solvência apresentou um nível de cobertura de 161%, após distribuição de dividendos.
O exercício de 2007 foi extremamente difícil e exigente para a Millenniumbcp Fortis. Por um lado, uma envolvente externa bastante desfavorável motivada pela instabilidade dos mercados financeiros internacionais e por uma conjuntura nacional associada a um crescimento económico inferior à média europeia que condicionou o desenvolvimento do sector segurador.
Por outro, a nível institucional, foi também um ano marcado por algumas mudanças operadas nos nossos dois accionistas. Foi neste enquadramento que a Millenniumbcp Fortis conseguiu atingir os principais objectivos pré-estabelecidos para o seu terceiro ano de actividade, traduzidos no crescimento sólido e sustentado da produção, na excelente performance técnica, na diminuição dos custos de exploração e no aumento da rentabilidade e da solidez financeira do Grupo.
Em 2007, a Millenniumbcp Fortis apresentou crescimentos de Produção muito superiores aos do mercado nacional quer em Vida quer em Não Vida posicionando-se no segundo lugar do ranking das companhias de seguros a operar no mercado doméstico, com um volume de prémios de seguro directo de 1.914 milhões de Euros e uma quota de mercado global de 13,9%.
No ramo Vida, que representa 91% do volume de prémios da seguradora, o crescimento de prémios face ao ano anterior foi de 19%, o que foi possível graças a um aumento de 64% nos produtos UL, de salientar ainda, o facto de o mercado apresentar para o mesmo ramo um decréscimo de 4%.
Nos ramos Não Vida, é de destacar um acréscimo dos prémios de seguro directo de 4% face ao ano anterior, facto tanto mais assinalável dado que o crescimento do mercado neste segmento se fixou em valores muito próximos de zero, significando um decréscimo em termos reais, descontando o efeito da inflação. A margem técnica do ramo Vida, antes de imputação de custos administrativos, situou-se em 2007 nos 161 milhões de Euros, o que representa um crescimento de 18,7% face ao período homólogo de 2006.
Esta melhoria foi fortemente influenciada pelos produtos de Risco e Rendas, que evidenciaram um crescimento dos prémios a que se aliou uma diminuição do rácio de sinistralidade. Os produtos UL registaram igualmente um contributo positivo para a margem, com um crescimento de 29,4% face a 2006. O rácio combinado de Não Vida, após imputação de custos administrativos, fixou-se em 75,7%, para o que contribuíram sobretudo o esforço efectuado na contenção dos custos de exploração e um maior rigor nas políticas de subscrição e aceitação de riscos. Os custos administrativos registaram um decréscimo de 2,2%, fixando-se nos 80,4 milhões de Euros. Esta quebra deve-se a um decréscimo nas despesas com pessoal, justificada por uma redução do número de Colaboradores que passaram de 467 em 2006, para 454 em 2007. De registar também uma poupança de cerca 1,3 milhões de Euros ao nível dos custos com trabalho independente.
O resultado líquido consolidado após ajustes de consolidação, IFRS e antes do VOBA (Value of Business Acquired) totalizou no exercício de 2007 125 milhões de Euros, representando um crescimento de 12% face ao período homólogo do ano anterior. Em 31 de Dezembro de 2007 a estrutura de capitais do Grupo Millenniumbcp Fortis apresenta, em termos consolidados, um rácio de solvência de 177%.
Em 31 de Dezembro de 2006, o rácio obtido foi de 169%.O rácio de solvabilidade apresentado foi calculado de acordo com os critérios definidos pelo ISP e reflecte uma estrutura de capitais adequada às responsabilidades assumidas. A Millenniumbcp Fortis, através da sociedade gestora de Fundos de Pensões, Pensõesgere, reforçou em 2007 a sua posição de liderança no mercado de gestão de Fundos de Pensões. No final de 2007, o volume total de activos geridos, repartidos por 34 fundos fechados, 4 fundos Abertos e 5 fundos abertos PPR, atingiu 7.428 milhões de Euros, traduzindo um acréscimo de 612 milhões de Euros face a 2006, o que representa um crescimento de 9%.
As companhias da Millenniumbcp Fortis orientaram a sua actuação no mercado com vista à consecução de três objectivos estratégicos de longo prazo - aumento do volume de receita, da satisfação dos clientes e do retorno aos accionistas -, objectivos estes amplamente alcançados. Especial destaque merecem, ao longo do exercício em análise, três iniciativas estratégicas: o lançamento de novos produtos; a continuada reformulação de processos; e o desenvolvimento de novos canais de negócio.
Sublinhe-se ainda a atribuição à Ocidental Seguros do prémio "Melhor Seguradora Não Vida" pela revista Exame (reportado a 2006) e a confirmação, pela Fitch Ratings, das notações de rating (IFS - Insurer Financial Strength) de "A+" e "Outlooks Stable" das seguradoras Ocidental Vida, Ocidental Seguros e Médis, notações suportadas pelo forte posicionamento concorrencial do Grupo no mercado segurador Português, assim como pelos elevados níveis de rentabilidade e forte solidez financeira.
O exercício de 2007 traduziu em resultados o forte empenho nos vectores estratégicos da inovação e da qualidade de serviço, tendo o volume total de prémios de seguro directo registado uma variação homóloga de 3,8%, considerando em conjunto o Ramo Doença que é explorado pela Médis, crescimento bastante superior ao crescimento global do mercado. No que concerne a produtos de venda activa, o desempenho comercial ao longo do exercício em análise foi bastante expressivo, beneficiando do efeito positivo das campanhas com visibilidade nas Sucursais do Millennium bcp com o número de novas apólices a registar uma variação bastante positiva. Sublinhe-se ainda a evolução positiva dos produtos Multiriscos, em resultado do esforço de upselling à base de Clientes do Millennium bcp com crédito habitação em vigor. Em Vendas Associadas a produtos bancários, as vendas evoluíram 10,2% em termos homólogos, fruto da combinação de três factores: aumento do número de apólices novas, aumento do prémio médio e melhoria das taxas de penetração.
Apesar do decréscimo no volume de PPP (Planos de Protecção de Pagamentos), explicado pelo impacto da subida das taxas de juro no valor das prestações mensais, as vendas em Multiriscos e Automóvel registaram evoluções muito positivas. A excelência operativa e a eficiência operacional têm sido parte dos vectores estratégicos da Millenniumbcp Fortis. Ao longo do exercício em análise os registos de satisfação dos Clientes internos e externos evoluíram positivamente. Em particular no que concerne à satisfação dos Clientes internos, 2007 registou valores históricos. Tal deveu-se ao forte empenho da organização na melhoria de processos, na integração de soluções operativas nos front-ends, na implementação de medidas de retenção de Clientes, na qualidade do atendimento dose na filosofia eyes on the customer que concentra esforços da rede comercial e das áreas de suporte na prestação de um serviço de excelência. A sinistralidade, entendida como o rácio entre as indemnizações, antes de custos imputados, e os respectivos prémios adquiridos, fixou-se nos 46,0%, valor inferior ao verificado em 2006 de 48,3% e bastante abaixo do mercado, reflectindo a rigorosa política de subscrição prosseguida em 2007.
Em 2006, devido à descida da sinistralidade e da diminuição do custo do resseguro verificou-se a libertação de 9.895 milhares de euros em sede de provisão para riscos em curso, pelo que em 2007, apesar do aumento da receita processada e da diminuição da sinistralidade, a margem técnica antes de imputação de custos administrativos decresceu 16,2%, situando-se nos 42.977 milhares de euros, o que corresponde a 25,7% dos prémios brutos emitidos. Retirando o efeito da variação da provisão para riscos em curso nos dois anos, a variação homóloga traduzir-se-ia num crescimento da margem técnica antes de imputação de custos administrativos de 3,2%. O rácio combinado situou-se nos 69,3%, reflectindo, deste modo, a gestão criteriosa dos sinistros aliada a uma política de controlo rigoroso dos custos administrativos.
A conjugação da evolução da margem técnica e dos custos de exploração originou que os resultados antes de impostos se situassem nos 18.362 milhares de euros, 11,0% da receita processada . O resultado líquido após impostos cifrou-se em 13.548 milhares de euros. O activo líquido da Ocidental Seguros cifrou-se em 231.514 milhares de euros. A cobertura do activo pelos capitais próprios cifrou-se em 13,2% e o rácio de solvência situou-se em 153% em 2007. 2007 ficou também marcado pela atribuição à Ocidental Seguros do prémio "Melhor Seguradora Não Vida" pela revista Exame (reportado a 2006) e pela confirmação por parte das agências de rating internacionais Standard & Poors (S&P) e Fitch Ratings da notação de rating de "A+", notação suportada pelo forte posicionamento concorrencial do Grupo no mercado segurador Português, assim como pelos elevados níveis de rentabilidade e forte solidez financeira.
O exercício de 2007 traduziu em resultados o forte empenho nos vectores estratégicos da inovação e da qualidade de serviço. O volume total de prémios registou uma variação homóloga de 19%, que compara com um crescimento global do mercado de apenas 7%, crescimento esse modesto face aos registos de anos anteriores.
Destacou-se ao longo do exercício em análise o crescimento do volume de vendas de produtos Unit-Linked e Capitalização, que compensaram o decréscimo das vendas dos produtos PPR, este em linha com a tendência do mercado em 2007. A extraordinária dinâmica comercial da gama de produtos financeiros resultou do esforço continuado de inovação, com o lançamento de 12 novos produtos, e do excepcional empenho do Millennium bcp na consecução dos objectivos comerciais.
A variação homóloga de 64% no volume de prémios de produtos Unit-Linked assentou na inovação e alargamento da oferta e na melhoria do time-to-market de desenvolvimento de produtos, tendo sido disponibilizada uma oferta em contínuo ao longo de todo o exercício em análise, assim como soluções de investimento tailor made para Clientes com necessidades particulares na gestão do seu património financeiro.
Em capitalização, o volume de prémios aumentou 13%.
A estrela foi o novo Poupança 125, produto de taxa garantida acrescida de participação nos resultados, que permitiu após a sua introdução quase duplicar o ritmo de vendas desta linha de produtos. Em Vida Risco (excluindo Rendas), a Ocidental Vida registou um crescimento de 8% (contra cerca de 5% do mercado), fruto de elevada taxa de penetração em venda associada, da redução da taxa de anulação e do efeito positiva das campanhas com visibilidade nas Sucursais do Millennium bcp. No que respeita à estrutura dos prémios em 2007 verificou-se um acentuado crescimento dos produtos do tipo Unit-Linked (de 39% em 2006 para 49% em 2007), tendo os restantes ramos perdido peso comparativamente com o ano anterior.
Os Planos de Poupança Reforma/Educação viram o seu peso diminuir 7 p.p.; Risco e Rendas registaram igualmente um decréscimo, devido ao menor contributo das Rendas; verificou-se ainda uma ligeira redução do peso dos outros produtos de capitalização, apesar do crescimento verificado ao nível dos prémios. O número total de apólices em vigor ascendia em, 31 de Dezembro de 2007, a 1.451 milhares representando um acréscimo de 6,7% face às 1.359 mil em vigor em Dezembro de 2006. Verificou-se um crescimento em todos os ramos, com especial destaque para Capitalização com um crescimento de 11% e Unit-Linked com um incremento de 8%.
A margem técnica antes de imputação de custos operativos situou-se nos 156.919 milhares de euros, o que corresponde a um crescimento de 23% relativamente ao ano anterior, e a 9% dos prémios brutos emitidos. Esta evolução positiva deve-se essencialmente ao forte crescimento ocorrido ao nível dos produtos de Risco e Unit-Linked . A evolução favorável da margem técnica aliada à redução dos custos de exploração justifica o crescimento de 22% nos resultados antes de impostos, que atingiram em 2007 os 132.970 milhares de euros (108.921 milhares de euros em 2006). O resultado líquido após impostos cifrou-se em 97.230 milhares de euros.
A situação líquida da Ocidental Vida situou-se nos 425.668 milhares de euros, ou seja um acréscimo de 28% em relação ao ano anterior, a que corresponde um rácio de solvência de 152%. O Embedded Value registou uma evolução positiva de 14,7%, face a 2006, situando-se nos 936.934 milhares de euros. Este indicador fornece uma estimativa do valor dos accionistas numa operação do ramo vida, excluindo o valor que poderá vir a ser gerado pela produção nova futura, sendo igual à soma da situação líquida com o valor da carteira em vigor.
Na determinação do seu valor, foram não só aplicados os princípios estabelecidos ao nível do Grupo Fortis, mas também os European Embedded Value (EEV) Principles, ou seja, os cálculos contemplam o custo associado às opções e garantias (CFOG) existentes ao nível da carteira em vigor.
As agências de rating internacionais Standard & Poors (S&P) e Fitch Ratings confirmaram a notação de rating de "A+", notação suportada pelo forte posicionamento concorrencial do Grupo no mercado segurador Português, assim como pelos elevados níveis de rentabilidade e forte solidez financeira.
No decurso do exercício em análise, a Médis prosseguiu o cumprimento dos objectivos estratégicos de incremento da rentabilidade do negócio, por via do crescimento do número de pessoas seguras e da garantia da representatividade junto da sua rede de prestadores.
No que respeita ao cumprimento de cada um dos objectivos estratégicos, os resultados do exercício em análise podem ser considerados bastante positivos:
- Número de Pessoas Seguras: a Médis alcançou no final do exercício cerca de 330.000 pessoas seguras sob gestão, das quais perto de 56.000 decorrentes da diversificação de canais de distribuição, consubstanciada na disponibilização de oferta não intermediada a clientes Empresa de média/grande dimensão, e oferta intermediada através dos maiores e mais prestigiados brokers a operar em Portugal.
Através do canal Millennium bcp, a Médis atraiu aproximadamente mais 37.000 novas pessoas seguras, um crescimento de 4,2% face ao exercício anterior. Representatividade junto da Rede de Prestadores: a Médis continua a dispor da mais extensa, capilar e completa rede de prestadores de cuidados de saúde em Portugal, com cobertura em todo o território continental e regiões autónomas, além de acordos com 13 hospitais e clínicas em Espanha, que funcionam como integrados na rede nacional.
A Médis manteve no essencial a dimensão da Rede e, na generalidade, as condições praticadas para os actos e procedimentos médicos garantidos pelas apólices. Incremento da Rentabilidade do negócio: a Médis encerrou o exercício em análise com um resultado líquido de 4.064 milhares de Euros, uma variação de 17% face ao exercício anterior.
Os prémios brutos emitidos atingiram em 2007 um volume de 87.680 milhares de euros que, comparativamente com o ano anterior, registam uma variação positiva de 11%. No entanto, excluindo o impacto do negócio da Império Bonança ainda sob gestão da Médis no exercício de 2006, o crescimento do volume de prémios foi de 14%, muito superior ao mercado que cresceu cerca de 8%.
O crescimento da carteira core da Médis permitiu consolidar a segunda posição no ramo Doença. Por seu lado, os custos líquidos com sinistros, antes de custos imputados, cifraram-se em 57.833 milhares de euros evidenciando um acréscimo de 3,3 pontos percentuais na taxa de sinistralidade bruta do ramo Doença, face ao ano 2006.
A margem técnica antes de imputação de custos operativos totalizou 16.524 milhares de euros, reflectindo um decréscimo de 9,2% face à margem técnica do exercício anterior e um rácio de 18,8% sobre os prémios brutos emitidos. Fruto de uma rigorosa política de contenção, os custos administrativos apresentaram um decréscimo de 8,7%, compensando quase na totalidade o decréscimo verificado na margem técnica, situando-se nos 13.719 milhares de euros.
O rácio combinado situou-se nos 91,7%, registando uma evolução positiva face ao ano anterior de 1,3 p.p., reflectindo desta forma as políticas mencionadas ao nível da gestão criteriosa dos custos administrativos e dos sinistros. O resultado líquido da Médis situou-se em 4.064 milhares de euros, o que representa uma variação positiva de 17% face a 2006.
A Médis Saúde apresentou um acréscimo de 12,5% nos seus resultados antes de impostos; no entanto, se excluir-mos a contribuição da Saúde 24, cuja prestação de serviços cessou em Abril de 2007, o acréscimo foi de 46,3%. O capital próprio totalizou 30.145 milhares de euros e o rácio de solvência situou-se em 165,5%.
As agências de rating internacionais Standard & Poors (S&P) e Fitch Ratings confirmaram a notação de rating de "A+", notação suportada pelo forte posicionamento concorrencial do Grupo no mercado segurador Português, assim como pelos elevados níveis de rentabilidade e forte solidez financeira.
A Millenniumbcp Fortis opera no mercado de fundos de pensões através da sociedade gestora Pensõesgere, baseando a sua actividade na qualidade da informação prestada e no acompanhamento permanente e resposta atempada às solicitações dos seus Clientes, tendo em 2007 reforçado a sua posição de liderança através da conquista de cerca 1% de quota de mercado.
Em resultado da sua actuação, a Pensõesgere demonstrou em 2007 um desempenho comercial positivo ao evidenciar um crescimento de 9,1% nos activos sob gestão o qual foi superior à evolução média do mercado que se situou em 5,4%, permitindo-lhe alcançar uma quota de mercado de 33,3%. Numa filosofia integrada de aproveitamento das sinergias do Grupo, a Pensõesgere intensificou o relacionamento com as redes bancárias – corporate e Empresas – através de acções concertadas de promoção de negócios na área de Employee Benefits.
No decorrer do exercício em análise, foram lançadas várias iniciativas para o desenvolvimento das ferramentas informáticas especificas da Pensõesgere com o objectivo de melhorar a produtividade e qualidade do trabalho, bem como para permitir responder à crescente quantidade de informação a fornecer aos Participantes e Beneficiários dos fundos de pensões.
Estes processos têm tido também reflexos na melhoria da informação a prestar através de acesso personalizado na Internet. Realizaram-se também um conjunto de iniciativas nas áreas de gestão de risco operacional em que a Pensõesgere foi pioneira no âmbito das empresas do Grupo Millenniumbcp Fortis:
- Projecto de Controlo Interno em que, com a coordenação de um consultor externo, as várias tarefas foram minuciosamente analisadas, tendo-se apresentado em conclusão várias proposta de melhoria;
- Preparação do Plano de Recuperação do Negócio para ser posto em prática numa situação de crise. Para além das várias iterações que este processo sofreu e que permitiram o seu aperfeiçoamento foi ainda realizado um exercício de recuperação de negócio. Neste exercício, que decorreu na sequência de um teste de evacuação do Edifício, foram testadas as medidas previstas no Plano de Recuperação do Negócio para os primeiros dois dias de actividade após o incidente. Através deste teste obteve-se um reforço da sensibilização dos Colaboradores e um conjunto de ensinamento que permitiram aperfeiçoar o Plano de Recuperação do Negócio da Pensõesgere;
- Auditoria Interna aos processos subscrição e de gestão técnica do negócio, em que para além de algumas recomendações de melhoria se constatou a boa adequação da Pensõesgere ao seu papel de líder no mercado dos fundos de pensões.
No final de 2007, o volume total de activos geridos, repartidos por 34 fundos fechados, 4 fundos Abertos e 5 fundos abertos PPR, atingiu 7.428 milhões de Euros, traduzindo um acréscimo de 612 milhões de Euros face a 2006, o que representa um crescimento de 9%.
O total dos 34 fundos fechados totalizou 7.275 milhões de Euros, a que correspondeu a um acréscimo de 602 milhões de Euros, o qual foi quase integralmente obtido pelos fundos de pensões fechados excluindo o do Grupo BCP que registaram em 2007 um crescimento de 52%.
Merece destaque o processo de consolidação do fundo de pensões do Grupo EDP através de uma única entidade gestora, a Pensõesgere.
Para além do reforço de notoriedade e da dimensão medido através da conquista de quota de mercado, o novo modelo de gestão deste fundo de pensões, que envolve a coordenação da actividade de 10 gestoras de investimentos, nacionais e internacionais, veio reforçar a capacidade de intervenção da Pensõesgere num mercado cada vez mais complexo e exigente.
Quanto aos fundos abertos o volume de activos sob gestão situou-se em 85,7 milhões de Euros, o que representa um crescimento de 27%, o qual foi superior à média do mercado neste fundos que foi de 11%. Tal evolução positiva ficou a dever-se à adesão de novos Clientes e às contribuições efectuadas.
No que diz respeito aos fundos PPR, o valor sob gestão no final de 2007 atingiu 67,5 milhões de Euros, sendo inferior em 7,4 milhões de Euros quando comparado com o valor de 2006. Este decréscimo resulta do facto de presentemente a Pensõesgere não ter qualquer protocolo de comercialização activa com redes de distribuição de retalho, como aconteceu no passado.
Em complemento da sua actividade, a Pensõesgere elaborou Extractos de Recebimentos e Regalias Sociais (ERRS) para Colaboradores de empresas.
No final do exercício de 2007, o total de proveitos ascendeu a 14.331 milhares de Euros e os custos a 6.501 milhares de Euros, correspondendo ao resultado líquido de 5.842 milhares de Euros, o que se traduziu num acréscimo de 1,9% face ao resultado líquido do exercício anterior. A rendibilidade média dos Capitais Próprios (ROE) foi de 40%.